Çavusoglu compareceu perante os microfones da agência alemã DPA

O chefe da diplomacia turca falou sobre diversos temas, da venda de armas alemãs à Turquia até às eleições de 24 de junho.

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Çavusoglu compareceu perante os microfones da agência alemã DPA

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Çavusoglu, pediu ao governo alemão que fosse autorizada a venda à Turquia de mais equipamentos militares. O anúncio foi feito pelo próprio, durante uma entrevista à agência de notícias alemã DPA.

“Somos um membro da NATO, devem ser evitadas estas limitações” – afirmou Çavusoglu.

O governo turco quer normalizar as relações a todos os níveis, incluindo na questão da venda de armamento e ao nível económico, de acordo com Çavusoglu.

Ancara quer também que a empresa alemã Rheinmetall participe na construção do tanque de guerra turco da classe Altay, que irá ser produzido na Turquia. Segundo o chefe da diplomacia turca, as empresas turcas quem produzir este tanque em colaboração com a Rheinmetall.

“Essa colaboração pode ser muito atrativa”.

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros indicou ainda que não devem haver obstáculos políticos à colaboração, e que a Turquia cedeu às exigências do anterior ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Sigmar Gabriel, para que que fossem levantados todos os obstáculos e limitações nas relações entre a Turquia e a Alemanha.

No entanto, e segundo Çavusoglu, pouco importa quem faça parte do anterior ou atual governo alemão, porque o poder continua a ser ocupado pelos mesmo partidos. O sucessor de Gabriel à frente da diplomacia alemã, Heiko Maas, disse que poderá ser suavizado o alerta de viagens à Turquia.

Durante a entrevista, Çavusoglu também respondeu a perguntas sobre as eleições de 24 de junho e disse que o facto de não ser permitido fazer campanha eleitoral na Alemanha, apenas serve para acicatar os apoiantes do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

A proibição de ações de campanha eleitoral, imposta pela Alemanha no ano passado, é contra a liberdade de reunião mas será respeitada. Çavusoglu criticou no entanto que seja permitido ao HDP fazer campanha eleitoral na Alemanha.



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