Turquia: os EUA não conseguem compreender o propósito da operação de Afrin

Alegações de que essa operação põe em risco a luta contra a Daesh é "completamente infundada", diz o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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Turquia: os EUA não conseguem compreender o propósito da operação de Afrin

As autoridades dos EUA ainda não conseguem compreender o motivo, o propósito e a natureza da operação antiterrorista da Turquia na cidade de Afrin, no noroeste da Síria, disse hoje o Ministério das Relações Exteriores da Turquia.

"A Operação Ramo de Oliveira é uma operação de contra-terrorismo. A operação não tem como alvo civis. Pelo contrário, visa resgatar a população civil da opressão e tirania de uma organização terrorista", disse o porta-voz Hami Aksoy em comunicado.

O ministério estava respondendo a uma pergunta sobre uma declaração da porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, sobre a situação em Afrin.

Aksoy disse que a declaração de Nauert "revela que as autoridades dos EUA ainda não conseguem ou, infelizmente, não querem compreender o motivo, propósito e natureza da Operação Ramo de Oliveira".

Ele acrescentou que "todas as precauções foram tomadas para evitar prejudicar civis, e a população civil recebeu acesso à ajuda humanitária".

Aksoy também rejeitou a alegação de que a operação contra terroristas em Afrin põe em perigo a luta contra o Daesh, dizendo que era "completamente infundado".

"A abordagem que realmente mina a luta contra o terrorismo na Síria é o uso de uma organização terrorista contra outra e permitir que esta organização terrorista particular crie fatos consumados no terreno, promovendo sua agenda separatista e fazendo mudanças demográficas", afirma o comunicado.

A Turquia lançou a Operação Ramo de Oliveira em 20 de janeiro para limpar os grupos terroristas de Afrin, no noroeste da Síria, em meio a ameaças crescentes da região.

De acordo com o Estado-Maior turco, a Operação Ramo de Oliveira visa estabelecer segurança e estabilidade ao longo das fronteiras da Turquia e da região, bem como proteger os sírios da crueldade e opressão dos terroristas.

A operação está sendo realizada no âmbito dos direitos da Turquia com base no direito internacional, resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, seus direitos de autodefesa sob a Carta das Nações Unidas e o respeito pela integridade territorial da Síria, afirmou.

Os militares também disseram que apenas alvos terroristas estão sendo destruídos e que o "maior cuidado" está sendo tomado para evitar prejudicar civis.



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