A Turquia é “sine qua non” para uma Europa que está a envelhecer

O vice-primeiro ministro turco, Recep Akdag, falou a um canal de televisão privado e abordou as tensas relações entre a Turquia e a Alemanha. Akdag afirmou que “A Alemanha considera-se a chefe da UE. A Turquia é tão importante para a UE, como pensamos que será benéfica para nós. A União Europeia foi construída sobre uma civilização e não deve dar ouvidos às vozes de desunião dentro de si mesma. Vamos seguir o nosso caminho digam o que digam. A Turquia é sine qua non para uma Europa que está a envelhecer.

Falando depois sobre o apoio da Turquia ao muçulmanos rohingyas submetidos a massacres por parte dos budistas nacionalistas da Birmânia (atual Myanmar), o ministro indicou que “a Turquia continua a ser a consciência da humanidade em Arakan. A ONU retirou-se por questões de segurança, mas a Turquia continua lá presente, tal como na Palestina, no Iémen e na Somália. É assim em quase todo o lado. Os países mais poderosos tapam os olhos. As atrocidades contra os muçulmanos atingiram um ponto insuportável. Estamos prontos para transferir a nossa experiência caso sejam montados acampamentos”.

Recep Akdag falou ainda do papel da primeira dama da Turquia acerca desta questão: “é importante que a senhora Erdogan esteja no Bangladesh. Estamos dispostos a fazer o que nos pedir o Bangladesh para ajudar os rohingyas”.

Relativamente ao tema de Chipre, Akdag assinalou que o lado turco cipriota pensa que a ausência de uma solução serve os seus interesses.