"Nos incomoda que a posição anti-Turquia seja o tema básico das eleições alemãs"

"Se você não pode tolerar o relacionamento atual da Turquia com a UE, diga com coragem e faça o que for preciso".

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"Nos incomoda que a posição anti-Turquia seja o tema básico das eleições alemãs"

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, referiu-se à situação dos muçulmanos Rohingya durante a Reunião Ampliada dos presidentes provinciais do partido AK.

"A conversa telefônica que tive com o líder birmanês ontem abriu a porta para a região e a Agência Turca de Cooperação e Coordenação (TIKA) transferirá mil toneladas de ajuda humanitária. Esta noite, a primeira-dama Emine Erdogan, meu filho Bilal, a ministra da Política Familiar e Social, Fatma Betül Kaya e o deputado do Partido AK, Ravza Kavakçi, chegarão em Bangladesh e distribuirão ajuda humanitária aos acampamentos. Na primeira etapa serão distribuídos 10 mil toneladas de remédios. O problema em Rohingya é um dos problemas continuamente escalando", disse ele.

Quanto às declarações da Alemanha que se opõem à adesão da Turquia à UE, o presidente disse: "Se você não pode tolerar o relacionamento atual da Turquia com a UE, então fale com coragem e faça o que é necessário. Nos incomoda que a posição anti-turca da Alemanha seja o tema básico das eleições alemãs. Não há nada de benéfico para os países da UE que possa contribuir com um estilo de política que só interessa a Turquia, ao meu partido e a mim mesmo?. As eleições feitas na Turquia ou na Alemanha? Cuide do seu negócio. Não nos importa quem vença as eleições".

"A Turquia não abandonou seus desafios estratégicos de se tornar parte da UE, uma política de estado. Fizemos a nossa parte. Não nos queixamos dos atrasos originários de Bruxelas, considerando que essas reformas elevariam os padrões democráticos e econômicos da cidadania. Mas não é uma coisa tolerável que a UE, que não cumpra as suas palavras, nos acuse".

Referindo-se aos testes de mísseis da Coreia do Norte, o presidente disse que estão observando com preocupação a tensão causada pelos mísseis. "Espero que esta crise que interessa os países amigáveis, como Japão e Coreia do Sul, seja resolvida em breve. É claro que não haverá vencedores de uma luta sustentada por armas de destruição em massa. Pedimos a Pyongyang que abandone esses atos que aumentam a tensão".



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