Erdogan deixa o aviso aos Estados Unidos

"Se houver a mais pequena provocação contra o nosso país, não consultaremos nem falaremos com ninguém. Faremos o que for preciso".

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Erdogan deixa o aviso aos Estados Unidos

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan foi entrevistado pela RTP – televisão pública portuguesa - e criticou uma vez mais a colaboração dos Estados Unidos com a organização terrorista YPG, para libertar a cidade síria de Al-Raqa da organização terrorista DAESH. O líder turco refere que os norte-americanos “estão a agir com essas organizações terroristas e a providenciar armas, infelizmente”.
“Desejamos-lhes a melhor sorte naquilo que estão a fazer. Mas se houver a menor agressão contra o nosso país não os iremos consultar, não colaboraremos com ninguém e faremos o que for necessário” – afirmou o presidente turco.

Falando depois sobre o processo de adesão da Turquia à UE, Erdogan disse que “a Turquia tem esperado à porta da União Europeia. Durante muito tempo, fomos mantidos à espera”, destacando que o pedido de adesão à UE foi entregue há 54 anos e que o seu país tem sido discriminado perante outros.
“Não há nenhum país nos novos estados-membros que tenha sido tão bem sucedido como a Turquia no cumprimento dos requisitos. A União Europeia não tem cumprido as suas promessas em relação à Turquia”.

Acerca do recente bloqueio diplomático ao Qatar, incluindo a Arábia Saudita, Erdogan explica porque é que a Turquia decidiu colocar-se ao lado do pequeno estado do Golfo Pérsico. 
“O que está a ser imposto ao Qatar não está certo. É uma armadilha montada ao Qatar”, refere o Presidente turco, apesar de acreditar que o diálogo e os esforços diplomáticos poderão encontrar uma saída. Erdogan espera mesmo que a questão se resolva “até ao final do mês do Ramadão” e que a Riade desempenhe "o papel de irmão mais velho”.



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