Çavusoglu avisa energicamente o YPG

O chefe da diplomacia turca falou sobre a Operação Escudo do Eufrates e sobre a luta contra o terrorismo.

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Çavusoglu avisa energicamente o YPG

A Turquia deu o último aviso ao YPG – a ramificação armada do PYD, a ala do PKK na Síria.

Mevlut Çavusoglu, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, afirmou que os terroristas do YPG passarão a ser um alvo se não se deslocarem rapidamente para a margem ocidental do Rio Eufrates.

Falando numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo holandês, Bert Koenders – que está em visita oficial a Ancara – Çavusoglu recordou que a Operação Escudo do Eufrates pretende limpar a zona de Jarablus de membros do DAESH.

“O DAESH conta ainda com uma pequena força mas está a abandonar as zonas que controlava. O DAESH está a fugir dali. Se apenas 5 ou 6 países da coligação contra o DAESH tivessem colaborado neste tema, não teria havido um grupo terrorista destes na Síria e no Iraque” – afirmou o ministro turco.

Çavusoglu destacou ainda que na região de Manbij vivem maioritariamente árabes, e que as forças que tomam parte nesta operação apoiada pela Turquia são na realidade pessoas desta região.

“Têm que ser reinstaladas nesta zona as pessoas que foram obrigadas a deixar este local. Eles devem viver ali. Mas o objetivo do YPG não é esse. O YPG obriga todos aqueles que não pensam como eles a deixar a região, incluindo os próprios curdos. Está a ser feita uma limpeza étnica. Este é na verdade o motivo pelo qual o YPG / PYD / PKK está tão incomodado. Porque é que um grupo terrorista que diz que luta contra o DAESH, se sente incomodado por uma operação levada a cabo por outras forças contra o DAESH? Se o alvo comum é o DAESH, por que é que estão tão incomodados?”.

O grupo terrorista YPG tem que abandonar a margem leste do Rio Eufrates o mais depressa possível, tal como a administração americana e eles mesmos prometeram.

“Se eles não abandonarem aquela zona, vão tornar-se num alvo” – garantiu Çavusoglu.

Perante uma pergunta sobre os deputados alemães que querem visitar os seus soldados na Base de Icirlik em Adana, o ministro turco dos negócios estrangeiros respondeu que “a visita será permitida se forem dados os passos necessários. Caso contrário tal não será possível, lamento”.

Os deputados alemães deixaram de ser autorizados a visitar a base militar na Turquia onde estão estacionadas as tropas alemãs, desde que em junho o parlamento da Alemanha classificou de “genocício” os acontecimentos de 1 915.



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