Uma futura represália turca contra os Estados Unidos?

As administrações de Washington e Moscovo querem evitar o aumento da força da Turquia, chegando a um consenso sobre a Síria – opina Seref Malkoç.

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Uma futura represália turca contra os Estados Unidos?

Estará a Turquia a preparar uma represália contra os Estados Unidos, que ainda não reconheceram o PYD como organização terrorista?

Seref Malkoç, o primeiro assesor do presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, disse que “a base aérea de Incirlik (Adana) poderia ser fechada aos aviões americanos”.

“As administrações de Washington e Moscovo querem evitar o aumento da força da Turquia, chegando a um consenso sobre a Síria” – opinou Seref Malkoç, de acordo com uma notícia publicada no jornal Bugun.

Malkoç indica que “se os que têm que ser nossos amigos nos mostram inimizade, serão tomadas medidas. E essas medidas não têm que se limitar à base de Incirlik. A Turquia dispõem de amplos meios. Os Estados Unidos atuam juntamente com Moscovo na Síria, em detrimento da Turquia. Isto faz algum sentido? Que tenham vergonha. A Turquia tem razão e dará conta disso a todo o mundo”.

Recentemente, surgiu a tensão do “autor” com Washington. O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, John Kirby, disse que “o atentado de Ancara foi um ataque terrorista que matou pessoas inocentes”.

Mas o porta-voz gerou reações em Ancara, ao dizer que “Não estamos em posição para confirmar ou negar a declaração da Turquia, de que a autoria do atentado pertence ao grupo terrorista PYD”.

Ao ser questionado sobre se ficou convencido acerca dos laços entre o YPG e o atentado de Ancara - que foram demonstrados pela Turquia durante uma reunião entre o ministro dos negócios estrangeiros turco e embaixadores de alguns países - Kirby respondeu que “é uma pergunta aberta”.

O porta-voz disse que o secretário de estado John Kerry e o seu homólogo turco, Mevlut Çavusoglu, tiveram uma conversa telefónica acerca do atentado de Ancara. “Nós temos mantido a nossa postura. O vice-presidente Joe Biden expressou o seu apelo à Turquia, para que parasse com os disparos de artilharia contra o YPG, durante a sua conversa com Davutoglu. Nós dissemo-lo nesse encontro. Não há nenhuma mudança”.

Referindo-se às palavras do presidente Erdogan sobre o “direito da Turquia à sua autodefesa”, Kirby assegurou que “Todos os países estão obrigados a proteger os seus próprios cidadãos. Avisámos a Turquia que não fizesse disparos de artilharia contra o território sírio, e continuamos a advertir o YPG para que não tome iniciativas que possam prejudicar os esforços mais abrangentes, como é o caso da luta contra o DAESH.



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