Erdogan advertirá os líderes do G20 contra novo fluxo migratório
Foi apresentado a Erdogan o relatório preparado pelos responsáveis dos ministérios dos negócios estrangeiros e do interior, e ainda os relatórios dos serviços secretos e da chefia do estado maior militar.
A Turquia irá acolher a Cimeira do G20 entre 15 e 16 de novembro. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, irá advertir os líderes mundiais presentes na cimeira contra um novo fluxo migratório.
Nas conversações bilaterais com os presidentes Barack Obama dos Estados Unidos e Vladimir Putin da Rússia, e ainda com os líderes europeus, Erdogan deverá abordar as conclusões dos relatórios que tem em cima da mesa.
Segundo o diário turco Sabah, há alguns pontos de grande importância nestes relatórios. Um deles tem que ver com uma nova fase na crise síria depois da intervenção russa. A entrada em cena dos russos poderá causar maiores deslocações da população. Quando o regime avançar sobre Alepo, haverá uma nova onda de movimentos da população. Se, por outro lado, houver avanços do Daesh e o regime continuar a atacar a oposição, as deslocações poderão atingir um nível crítico.
Também eventuais avanços do grupo terrorista PYD, nomeadamente a oeste do Rio Eufrates, poderão levar a novas deslocações da população, e poderão agudizar-se os conflitos étnicos. O avanço do PYD é uma linha vermelha para a Turquia.
O presidente Erdogan irá partilhar a tese turca sobre a crise síria durante a Cimeira do G20. Para que os emigrantes possam regressar aos seus países, Ancara defende a criação de zonas de segurança livres do Daesh no norte da Síria.
Sobre este tema, Erdogan disse há uns dias que “defendemos uma zona de exclusão aérea e uma zona livre de terrorismo. É também preciso formar e equipar forças sírias, algo que já estamos a fazer há muito tempo. Só agora os países nossos parceiros perceberam que é preciso criar zonas livres de terrorismo. Há avanços positivos relativamente a uma zona de exclusão aérea e a uma operação terrestre”.
