Çavusoglu: Gulen deve ser extraditado pelos EUA

Extradição de Gulen possível devido aos acordos bilaterais entre a Turquia e os Estados Unidos, afirmou o ministro dos negócios estrangeiros da Turquia.

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Çavusoglu: Gulen deve ser extraditado pelos EUA

O clérigo Fetullah Gulen a viver nos Estados Unidos, deveria ser extraditado à luz dos acordos entre a Turquia e os Estados Unidos, disse o ministro dos negócios estrangeiros da Turquia na quinta-feira.

Quando questionado acerca da necessidade de extradição, tendo em conta que Gulen está na lista vermelha da Interpol, Çavusoglu disse que “claro que deve ser extraditado. Já existem acordos, leis internacionais, convenções e cooperação entre nós e os Estados Unidos”.

Em Janeiro, o ministério dos negócios estrangeiros turco informou os Estados Unidos de que o passaporte de Gulen tinha sido cancelado, devido à prestação de informações falsas.

Antes do cancelamento do passaporte, um tribunal criminal de Istambul emitiu um mandado de captura contra Gulen a 19 de Dezembro de 2014, como parte das investigações ao “Estado Paralelo”.

O tribunal turco afirmou que “os suspeitos criaram uma organização ilegal com estrutura hierárquica, à margem da estrutura oficial do estado”. O tribunal acrescentou ainda que os acusados pretendiam “tomar controlo sobre postos influentes do governo da Turquia, na área social, económica, militar e administrativa”.

Gulen está a viver nos Estados Unidos desde 1999 devido a “razões médicas”. Pouco após a sua partida, procuradores turcos abriram um processo contra ele por incitamento ao ataque contra o estado secular. Gulen viria a ser absolvido destas acusações em 2008.

O atual governo turco acusa o movimento Gulen de formar ilegalmente “um estado dentro do estado”com ligações ao exterior, principalmente dentro da polícia e do sistema judicial, que segundo o governo turco escutou milhares de pessoas para tentar atingir o governo.


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