Sinjar: sete anos após o ataque do DAESH

Todos os grupos terroristas devem ser expulsos da região para que a estabilidade política, econômica e social seja restabelecida na região e para que um Sinjar seja reconstruído para permitir que os Yazidis vivam em segurança.

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Sinjar: sete anos após o ataque do DAESH

Uma análise de Can ACUN, pesquisador de Política Externa / SETA

Sete anos se passaram desde o ataque cruel da organização terrorista DAESH contra os Yazidis em Sinjar. No entanto, a região ainda está no cativeiro do terrorismo. Desta vez, a gangue terrorista PKK e seus desdobramentos dominam certas áreas de Sinjar em vez de DAESH. Sinjar não pode ser restaurado devido à presença de terroristas. Centenas de milhares de yazidis deslocados não podem retornar às suas terras. Embora um acordo tenha sido assinado entre Bagdá e Arbil, formações armadas como PKK e Hashdid Shaabi continuam na região.

Há apenas sete anos, quando a gangue terrorista DAESH assumiu o controle de muitas áreas no Iraque espalhando o terror, os Yazidis em Sinjar se tornaram o alvo desse grupo terrorista desumano. As forças pashmargá localizadas na região retiraram-se sem opor resistência. DAESH tentou cativar muitos Yazidis, massacrando centenas deles. Embora Sinjar tenha sido libertado do DAESH após uma grande operação militar liderada pela coalizão internacional a posteriori, uma enorme devastação e uma atmosfera caótica ocorreram na cidade.

A partir daí, a região passou a ser povoada e esquartejada tanto pelo PKK quanto pelos pashmargá. No período em que os Pashmargá se retiraram pela primeira vez, o HPG - braço armado do PKK - apareceu na região e formou as forças do YBS recrutando os jovens Yazidis. Aproveitando o caos da região, a quadrilha buscou fundar em Sinjar um modelo administrativo autônomo que lhe atribuísse valor estratégico na linha Iraque-Síria e converter a área nos cantões que estabeleceu na Síria.

Mas quando a luta de forças por Sinjar, uma região sobre a qual Arbil e Bagdá reivindicam soberania, e as operações aéreas esporádicas e a pressão da Turquia se juntaram, as forças do PKK / HPG tiveram que deixar a área, embora parcialmente. Mais tarde, o grupo terrorista procurou se ativar na área abandonando as forças do YBS e adotando um novo estilo de movimento. Até hoje, o PKK e suas ramificações continuam a prevalecer na área entre Janaser em Sinjar e a linha de fronteira com a Síria e o Monte Sinjar.

A ameaça de uma operação militar e a pressão diplomática da Turquia contra a presença do grupo terrorista PKK em Sinjar desencadearam as negociações Sinjar realizadas entre o governo central do Iraque e o IKBY e a assinatura do Tratado de Sinjar em 9 de outubro de 2020 que estipulou a expulsão de todos os grupos de milícias ilegais. Porém, nenhuma providência necessária é tomada na implementação do referido acordo. O PKK rejeita o acordo assinado entre Bagdá e Arbil; Hashdid Shaabi continua a existir sob o beiral da bandeira da YBS na região em estado de conflito.

Eventualmente, Sinjar não pode ser reconstruído devido à presença do grupo terrorista PKK; as centenas de milhares de yazidis deslocados não podem retornar às suas terras. Todos os grupos terroristas devem ser expulsos da região para que a estabilidade política, econômica e social seja restabelecida na região e para que um Sinjar seja reconstruído para permitir que os Yazidis vivam em segurança.


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