VIOLAÇÕES AOS DIREITOS HUMANOS PELO PYD / YPG

Alguns exemplos das violações aos direitos humanos cometidas pela organização terrorista.

900009
VIOLAÇÕES AOS DIREITOS HUMANOS PELO PYD / YPG

Da sua fundação até os dias de hoje, o PKK/ KCK, vem usando de estratégias como pressão e violência (incursões em aldeias, assassinatos, casamento forçado, detenção, intimidação, etc.), contra as pessoas que vivem nas regiões da Anatólia do Leste e do Sudeste. A extensão síria PYD/YPG aplica a mesma estratégia com as pessoas que vivem na Síria.

A organização terrorista PYD/YPG carrega grandes crimes contra a humanidade, incluindo a limpeza étnica de grupos étnicos, como curdos, árabes, turcomanos e azizes, que vivem na região, querendo se tornar o único juiz da mesma. Tais violações foram observadas pelas instituições internacionais de direitos humanos e refletidas nesses relatórios. Devido à violência da organização terrorista PYD/YPG na região, muitas pessoas foram forçadas a se deslocar. Aqueles que fogem da violência do PYD/YPG escolhem a Turquia, que mantém uma política de portas abertas quando for necessário para os sírios, por ser um país seguro. Apesar de tantas violações de direitos humanos pelo PYD/YPG, percebe-se que os poderes internacionais, que estão expostos à propaganda do (assim chamado) DAESH como se esta fosse a única organização terrorista. A maioria das armas e munições obtidas sob o nome da luta contra o DAESH foram usadas para intimidar os povos, como curdos, árabes e turcomanos que vivem na região.

Por exemplo, o relatório publicado pela Organização Síria de Direitos Humanos em janeiro de 2016, revelou várias violações de direitos humanos do PYD/YPG, que vão desde prisão arbitrária e limpeza étnica, a migração militar forçada de áreas controladas. Foi afirmado que até a data, pelo menos 407 civis foram mortos pelo grupo. [1]

Em outro relatório da Human Rights Watch (HRW) publicado em junho de 2014, intitulado "Sob a Regra Curda: Abusos em Enclaves do PYD na Síria"; foi enfatizado que a organização terrorista PYD/YPG frequentemente pratica atos como detenção, sequestro e execução contra as pessoas que vê como um rival de partido político. Especialmente o Partido Democrata Curdo da Síria (PDKS) e os partidos de oposição ao PYD, foram relatados como tendo sido maltratados e prisões arbitrárias foram realizadas contra os membros do Yekiti e Azadi. [2]

A seguir daremos alguns exemplos das violações dos direitos humanos do PYD/YPG:

PERSEGUIÇÃO A OPOSIÇÃO

A organização terrorista PYD / YPG, que não permite uma estrutura alternativa na Síria, realizou ações de execução contra seus opositores. As execuções da organização terrorista PYD / YPG começaram em outubro de 2011 com o assassinato de Mishel Temo, líder do Partido do Futuro dos Curdos Sírios. A organização terrorista considerada ativa com o regime, enfrentou a reação de muitos curdos na região subcontratando a execução.

Após este assassinato do PYD / YPG, os ataques contra a oposição continuaram. Eles são responsáveis pelo assassinato do lider local Abdullah Bedro e Şerzad Hajj Rashid do Partido da União Democrática Curdo da Síria em Aleppo. Além disso, Salah Bedreddin, presidente do Partido Democrata do Curdistão da Síria, teve que fugir para Erbil através da Alemanha, devido à pressão da organização terrorista.

Existiam 12 grupos curdos na Síria antes da guerra e agora existem apenas o PKK / PYD. Devido a centenas de milhares de repressões curdas, eles tiveram que migrar das regiões controladas por PKK / PYD. Na Turquia 350 mil curdos sírios buscaram refúgio e ainda vivem no país.

No entanto, em 27 de junho de 2013, em Amude, em uma manifestação contra o PYD/YPG, terroristas do PYD/YPG abriram fogo contra manifestantes e 8 manifestantes morreram em três dias. Durante a mesma manifestação, 50 membros do Partido Yekiti foram espancados pelos membros do PYD / YPG no prédio do YPG.

VİOLAÇÕES CONTRA PESSOAS DETİDAS

As detenções por "segurança pública", que a organização terrorista chama de organização policial, ocorreram nos relatórios de vigilantes de direitos humanos. Verificou-se que os detidos foram submetidos a tortura e maus-tratos durante a sua detenção, enquanto muitos perderam a vida. De acordo com o relatório da HRW; Hannah Hamdos, detido em Afrin, mais tarde veio a morrer, mas foi supostamente morto pelo PYD / YPG por pancadas na cabeça. Outra vítima que vivia em Sere Kaniye, Raşwan Ataş, de 24 anos, foi morto em fevereiro de 2014.

De acordo com o relatório, o fato de que há 9 assassinatos e desaparecimentos não resolvidos na região entre 2012 e 2014 e que todas essas pessoas são dissidentes do PYD / YPG, também levantam dúvidas sobre as aplicações arbitrárias das forças de segurança.

VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E CRIANÇAS

A organização terrorista PYD / YPG freqüentemente recorreu à violência contra mulheres e crianças, a fim de preservar o domínio nas regiões que conquistou na Síria, intimidar as pessoas que se opõem a ela e recrutar pessoas.

Estas ações do PYD / YPG também foram incluídas no relatório publicado pelo SNHR em janeiro de 2016. Como relatado no relatório; entre 2011 a 2016, 42 mulheres foram resgistradas como mortas por terroristas do PYD / YPG. Nabiya El Salah, que vivia na aldeia de Say Ghoul, de Aleppo, foi morta por terroristas do PYD / YPG em 14 de agosto de 2015 com 3 balas, quando estava na estrada Rakka-Tel Abyad.

Tarfa Halil al Hasud, 58, foi outro exemplo. Ela foi morta nos estábulos de sua própria casa enquanto tentava se esconder do PYD / YPG que matou seu marido. Além disso, de acordo com o relatório, o PYD / YPG deteve 88 mulheres sob o nome de "serviço militar obrigatório" em áreas como Haseke, Kamışlı e Afrin, entre janeiro de 2014 a outubro de 2015.

LIMPEZA ÉTNICA E MIGRAÇÃO FORÇADA

Nas áreas onde a organização terrorista PYD / YPG é ativa, existem muitos árabes e turcomanos, bem como sírios, armênios e assim por diante. Existem também grupos étnicos. A organização terrorista, que está tentando garantir sua própria soberania nos territórios que apreende, obriga as pessoas que vivem na região a se deslocarem compulsivamente transformando a demografia e destruindo alguns assentamentos.

No relatório do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (SNHR), cerca de 100 famílias turcomanas em Haseke foram expostas à violência e à opressão. Os turcomenos primeiro tiveram que migrar para diferentes partes do país e buscaram refúgio na Turquia por causa das difíceis condições de vida. [3]


No relatório preparado pelo SNHR em janeiro de 2016; enfatizou-se que o PYD / YPG entrou nas áreas de assentamento, devastou a área, fez limpeza étnica onde não havia população curda, incendiou as casas e forçou as pessoas a se mudarem. De acordo com o relatório; dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas pelo PYD / YPG, a maioria árabes e dezenas de aldeias foram destruídas. Todas essas ações, de acordo com o artigo 8 da Convenção de Roma; são classificadas como crimes de guerra, crimes contra a humanidade e violações ao direito internacional. De acordo com o mesmo relatório; todos os 9 assentamentos foram demolidos e os moradores foram deslocados, 19 aldeias foram destruídas e pessoas indesejadas foram expulsas deles. E ainda, nas aldeias conquistadas pela organização terrorista PYD / YPG; a população não curda foi ameaçada e houve violência. De acordo com o relatório elaborado pelo SNHR; dezenas de milhares de pessoas foram deportadas de pelo menos 49 assentamentos

 Em 26 de maio de 2015, a organização terrorista PYD / YPG;  anunciou que deu 24 horas para as pessoas vivendo em mais de 26 aldeias ao sul de Haseke para saírem do local. De acordo com a declaração de uma testemunha vivendo em uma dessas aldeias, os terroristas PYD / YPG foram agressivos em relação aos árabes desde a sua chegada, e diz-se que não há lugar no (chamado) Curdistão para os árabes e turcomanos. As casas foram incendiadas por terroristas. Em outro caso relatado em fevereiro de 2015, 100 famílias turcomanas em Haseke estiveram envolvidas em prisões arbitrárias e várias indulgências. Essas famílias tiveram que deixar suas casas e se refugiar na Turquia. O relatório da Anisita Internacional, intitulado "We Had Nowhere to Go", publicado em outubro de 2015 com base em declarações de testemunhas oculares, imagens de satélite e observações de especialistas; revelou que houve crimes de limpeza étnica, deportação e destruição cometidos pela organização terrorista PYD / YPG.

As investigações foram realizados na vila árabe de Hüseyiye, parte rural de Tel Hamis e foram incluídas entrevistas com os moradores restantes após a demolição. Fotos de satélite da aldeia em junho de 2014 e junho de 2015 foram comparadas e verificou-se que de 225 prédios, restam apenas 14 edifícios na aldeia, ou seja 94% da mesma foi destruída em um ano.

A especialista da Anistia Internacional, Lema Fakih, disse: "O PYD / YPG não respeita o direito humanitário internacional, com os ataques aos civis queimando e destruindo completamente as aldeias e deslocando seus habitantes.

CRIANÇAS SOLDADOS             

A organização terrorista PYD / YPG, no contexto das atividades terroristas realizadas na Síria, acrescenta às suas fileiras muitas crianças com base na apreensão das mesmas nos territórios que domina, levando-as às frentes dos conflitos.           

Muitas convenções internacionais (a Convenção de Genebra sobre a Proteção das Civilizações na Guerra de 1949, o Protocolo Adicional à Convenção de Genebra, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança de 1989 e o Protocolo Adicional à Convenção sobre os Direitos da Criança) proíbem o uso de crianças na guerra. No entanto, a violação desta proibição pelo PYD / YPG foi incluída nos relatórios de muitas instituições e organizações internacionais independentes.

Em seu relatório publicado em 16 de agosto de 2013, a Comissão Internacional de Pesquisa sobre a Síria das Nações Unidas, observou-se que em Afrin e Haseke o PYD / YPG adicionou meninas e meninos com idade de 12 anos às suas fileiras[4].

No relatório das Nações Unidas sobre crianças em conflitos armados na Síria afirmou-se que as crianças de 14 a 16 anos na região de Haseke foram recrutadas como membros de uma organização terrorista e usadas em pontos de controle ou em áreas de conflito[5].

No Relatório de Tráfico Humano dos EUA publicado em junho de 2016, observou-se que a organização terrorista PYD / YPG continua a fornecer, usar e levar para campos de treinamento como membros da organização, crianças, e meninos e meninas com menos de 15 anos de idade. De acordo com o mesmo relatório em abril de 2015, uma menina de 16 anos foi sequestrada pela organização terrorista PYD / YPG em Afrin, apesar das objeções de sua família[6].

No relatório intitulado "Under Kurdish Rule", publicado pela Human Rights Watch em 2014, observou-se que o PYD / YPG-YPJ forçou crianças com menos de 18 anos de idade, fazendo-as lutar. A Human Rights Watch relatou uma lista de 59 crianças, e que 10 crianças tinham menos de 15 anos de idade.

 

[1] https://www.hrw.org/world-report/2016/country-chapters/syria

[2] https://www.hrw.org/report/2014/06/19/under-kurdish-rule/abuses-pyd-run-enclaves-syria

[3] http://sn4hr.org/wp-content/pdf/english/Violations_by_the_Kurdish_Self_Management_Forces_en.pdf

[4] http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/HRC/.../A.HRC.28.69_E.doc%20%C3%96nbellek%20Benzer

[5] http://edition.cnn.com/2013/11/29/world/meast/syria-children-refugees-report/index.html

[6] https://www.state.gov/j/tip/rls/tiprpt/2016/



Notícias relacionadas