Poderá a estruturação institucional aumentar o rendimento per capita?

A Economia Mundial, um programa do Prof. Dr. Erdal Tanas Karagol.

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Poderá a estruturação institucional aumentar o rendimento per capita?

A estruturação institucional, um dos pontos mais críticos e sensíveis para a transformação da economia antes da transição para o sistema presidencialista, passou recentemente a ser alvo de uma grande cobertura por parte dos meios de comunicação social, com a criação das comissões de harmonização. Neste processo, que irá conduzir à restruturação das instituições, será garantido que o novo sistema será conduzido da melhor maneira, e que será definida uma base apropriada para dar um novo ímpeto à economia.

Através destas reformas e desta restruturação, que se espera venha a ser implementada, o objetivo é eliminar por completo os processos obstrutivos que se colocam perante os decisores políticos, e eliminar as estruturas de poder sobrepostas, em que várias entidades são chamadas a decidir sobre a mesma questão. Por outras palavras, o novo sistema tem por objetivo a criação de um sistema coordenado, em que são eliminados os obstáculos operacionais do sistema atual.

Um dos passos mais importantes da estruturação institucional é sem dúvida a transformação que irá ter lugar nas instituições económicas. A este respeito, a repercussão das reformas que irão ser implementadas ao nível económico tanto nas instituições públicas como nas instituições económicas em particular, será bastante abrangente.

Por exemplo, é uma questão importante para a Turquia passar a fazer parte do grupo de países com rendimentos médios-altos. Será que o novo sistema que está agora ser implementado, irá permitir que a Turquia passe a fazer parte do grupo de países com altos rendimentos? Ou seja, que efeito terá a restruturação das instituições da Turquia ao nível do rendimento per capita?

Caso o governo consiga, com esta restruturação, resolver a fonte principal do problema do sistema atual, e se forem implementados métodos eficientes focados na solução destes problemas, deixará de haver razão para a Turquia não fazer parte do grupo de economias de altos rendimentos.

Além disso, é bem conhecido que nos últimos anos as economias mundiais passaram por um período de muito rápida transformação. Os países em desenvolvimento em particular, estão a desenvolver sérios esforços para serem capazes de terem uma palavra a dizer na economia global. Tendo em conta estas circunstâncias, é óbvio que a Turquia não se pode dar ao luxo de perder tempo e terá primeiro que ultrapassar os obstáculos burocráticos, para poder fazer parte da conjuntura que atualmente passa por profundas mudanças.

Houve estórias de sucesso muito significativas ao longo da história da Turquia, desde o passado até ao tempo atual. Se abrirmos um parêntesis para as estórias dos últimos 15 anos, é importante sublinhar que a estabilidade política e económica trazida pelo governo do Partido AK, é uma das dinâmicas mais importantes por detrás das estórias de sucesso.

Será que a restruturação institucional vai ser uma estória de sucesso?

A Turquia, que em 2 002 fazia parte do grupo de países com rendimentos médios-baixos de apenas 3 500 dólares per capita, faz agora parte do grupo de países com rendimentos médios, tendo chegado atualmente a um rendimento per capita de 10 mil dólares. Isto significa que é muito possível para a Turquia, que deu um grande salto entre as economias mundiais, chegar aos 12 235 dólares de rendimento per capita, e desta forma ascender no próximo período ao grupo de economias com altos rendimentos.

Quando perguntamos qual é a forma de manter esta estória de sucesso, vemos que a resposta está nas reformas que irão ser implementadas no novo sistema. Se o sistema de reformas for implementado de forma ideal e eficiente, a Turquia passará rapidamente a fazer parte do grupo de economias de altos rendimentos. Por isso, esta situação já é para nós uma estória de sucesso de pleno direito.

Por outro lado, com a estrutura institucional, as instituições mais eficientes da economia vão criar um ambiente de investimento seguro, que irão prevenir o desperdício de recursos públicos e garantir uma operação eficiente, para além de reduzir a incerteza na economia. Adicionalmente, estas reformas vão também aumentar a transparência da economia turca, o que por sua vez tornará os investimentos ainda mais atrativos. Por isso, estas reformas irão também apoiar o sucesso do processo para atingir grandes taxas de crescimento económico.

Por último, ter mecanismos de tomada de decisão rápidos e eficientes, é o poder mais importante por detrás da capacidade para atingir os objetivos de forma mais sólida e com mais confiança. Neste contexto, podemos dizer que o sistema presidencialista de governo e a restruturação das instituições que acompanha este novo sistema, constitui um dos pilares mais importantes para que a economia turca possa continuar a acompanhar a economia global e fazer parte dos países com altos rendimentos.



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