“Se a carne deita cheiro, põe-se sal. Mas quando é o sal a deitar cheiro, faz-se o quê?”

O estado da República da Turquia fez esforços extraordinários para travar o terrorismo.

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“Se a carne deita cheiro, põe-se sal. Mas quando é o sal a deitar cheiro, faz-se o quê?”

Existe um provérbio turco que diz “Se a carne deita cheiro, põe-se sal. Mas quando é o sal a deitar cheiro, faz-se o quê?”. Este provérbio é usado para evitar que apodreçam os alimentos ricos em proteínas. Sabemos que o cheiro da carne em decomposição é insuportável, à medida que estas importantes fontes de proteína se deterioram.

Hoje em dia, os pedidos feitos pela Turquia aos seus aliados e amigos são uma situação total, em que “até o sal cheira”. A Europa é um continente que lutou contra guerras civis durante séculos, e a maioria dessas guerras foi travada com o apoio de aliados. As guerras civis na Europa ainda hoje continuam e aparecem a todas as oportunidades. Estes conflitos na Europa só terminaram na forma de intervalo, no final da II Guerra Mundial. Se a II Guerra Mundial tivesse de facto terminado completamente em 1 945, não teríamos assistido a novos massacres na década de 90.

Vivemos o último exemplo disto mesmo com a dissolução da Federação da Jugoslávia. Do princípio ao fim da década de 90, na região dos Balcãs onde a Europa manteve guerras ativas via terceiros, foram mortos centenas de milhares de civis bósnios, albaneses, crianças e idosos, por terroristas sérvios. Foram também violadas dezenas de milhares de mulheres, acrescentando-se uma página negra à história sombria da humanidade.

A Europa aprendeu a sua lição, de que as atividades terroristas dão origem a guerras civis muito intensas, e tornou-se sensível à questão do terrorismo.

Por exemplo, a famosa organização terrorista denominada Fação do Exército Vermelho (Rote Armee Fraktion – RAF), que se manteve ativa na Alemanha durante os anos 70, foi duramente reprimida pelo governo alemão devido às suas atividades. Contra o grupo terrorista que ficou conhecido por Baader Meinhof, o parlamento alemão reuniu-se imediatamente e aprovou uma lei penal muito dura, em pôs em prática leis orientadas ao passado.

Os militantes do Baader Meinhof foram capturados e todos foram levados à justiça. O estado alemão informou que durante o processo de julgamento, todos os membros da organização se suicidaram nas suas próprias celas.

Irmgard Moller, uma sobrevivente do grupo que foi libertada em 1 994, deu uma entrevista aos jornalistas em que disse que ninguém se suicidou, e afirmou ter provas de que os seus companheiros foram executados pelo estado alemão. Estas execuções extra judiciais do estado alemão, não se sabe porquê, não foram faladas na Europa nem no mundo ocidental libertário.

Da mesma forma, todo o mundo sabe como os franceses usaram o terror contra a luta de independência levada a cabo pela população da Córsega. Consta dos registos nos arquivos, que os próprios franceses praticaram o genocídio contra os corsos e proibiram o seu idioma natal.

A execução do primeiro ministro eleito da Bélgica, Patrick Lulumba diante dos olhos do mundo, o assassinato do primeiro ministro eleito do Chile Salvador Allende – por parte do general Pinochet e com o apoio dos Estados Unidos – foram vistos como parte das “medidas contra o terrorismo” por parte dos nossos amigos e aliados ocidentais.

É importante recordar que foram executados, um por um, os membros da organização Brigadas Vermelhas em Itália. E não nos podemos esquecer da realidade que as Brigadas Vermelhas eram uma organização terrorista e assassina. Esta organização matou o primeiro ministro Aldo Moro. E o estado italiano, por seu lado, sempre lutou duramente contra esta organização. O tempo de que dispomos neste programa não é suficiente para contar as histórias de violência contra o terrorismo dos nossos amigos e aliados europeus.

A luta antiterrorista da Turquia é quase igual ao destino dos aliados europeus. As atividades terroristas iniciadas na Europa no começo do século XIX em 1 800, começaram a tornar-se mais visíveis na década de 1 960. E desde há quase meio século, a Turquia luta contra o terrorismo de forma legal.

O estado da República da Turquia mostrou esforços extraordinários para fazer face ao terrorismo e trazer para o plano político a violência de base política. Abriu caminho para que pudessem ser trazidas para o parlamento as opiniões e os pedidos, sem que fosse preciso matar soldados, polícias ou civis, através da criação de partidos políticos.

 

Infelizmente, o partido político criado fez mais do expressar as suas opiniões e levou a cabo atividades terroristas. Os deputados deste partido participaram nas cerimónias fúnebres dos terroristas que mataram soldados, polícias, civis, crianças e mulheres, e protegeram esses terroristas.

Os deputados deste partido, que em turco tem as siglas HDP, levaram armas aos terroristas nos seus próprios carros, até às zonas de combate. Deram apoio aos terroristas que matam crianças e que queimam os animais, populações e bosques. Participam em cerimónias fúnebres desses terroristas e convidam o povo a participar numa espiral de violência. Felizmente, 90% da população ignorou estas provocações e não optou pela política separatista.

O líder do HDP, Selahattin Demirtas, entre os dias 6 e 8 de outubro de 2 015, pediu à população da região para ajudar os terroristas e fazer massacres em massa. E nas cidades onde vivem predominantemente os curdos, morreram 54 pessoas inocentes depois de terem sido atacadas pelos partidários de Demirtas e dos terroristas do PKK. Entre os mortos havia crianças de 14 anos. O único crime cometido pela população da região foi não se ter submetido a Selahattin Demirtas nem à organização terrorista PKK. E o povo pagou o preço desta decisão honrada com a sua morte.

Selahattin Demirtas e outros elementos do seu partido parece que não estão satisfeitos com a morte de tantas pessoas, e aparecem continuamente perante as câmaras com os militantes e com os membros administrativos da organização terrorista PKK. Deram apoio aos terroristas para destruir e queimar as cidades.

Perante isto, os procuradores judiciais convidaram Selahattin Demirtas e os seus amigos ao tribunal, para saber por que é que preferiram o caminho do terror em vez do caminho da política civil aberta. Demirtas e os seus amigos recusaram prestar declarações, desafiando o sistema de justiça turco.

A justiça turca, tal como o sistema de justiça de outros países do mundo, pôs em prática as normas jurídicas globais e impediu as atividades terroristas.

O apoio dos países comunitários e dos Estados Unidos a muitas organizações terroristas, que durante séculos fizeram milhões de vítimas, são os amigos e aliados da Turquia que se opõem à luta antiterrorista da Turquia e dão apoio ao PKK, que é famoso por matar os bebés ainda por nascer. Tudo isto mostra claramente a situação expressa no provérbio turco: Na Europa não apenas a carne a entrar em decomposição, foi também o sal.



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