O Planeta Terra

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O Planeta Terra

A nossa relação com a natureza pode ser vista como uma conta bancária. Pense numa conta à ordem: quando as receitas e as despesas são iguais, a conta fica na mesma. E a Terra tem os seus próprios cálculos. É um banco na galáxia em que vivemos, em que o depósito é feito sob a forma de energia.

A radiação solar atinge a Terra todos os segundos a um ritmo regular. Cerca de 30% dessa radiação é refletida de volta para o espaço. Os restantes 70% são absorvidos pelos continentes, pelos oceanos e pela atmosfera. À medida que o rendimento de energia da Terra aumenta, o nosso planeta começa a gastar essa energia extra, tal como o faria uma pessoa com mais dinheiro. A energia térmica acumulada é enviada de volta para o espaço. A criação e perda de energia tem estado em equilíbrio ao longo da história da humanidade. Mas isto parece estar a mudar. A conta bancária do planeta Terra está com alguns problemas. O novo nome desta conta é... Aquecimento!

É verdade. O calor está a aumentar de forma rápida e constante. As mudanças climáticas causadas pelo homem estão a ameaçar a Terra que nos foi deixada. A subida da temperatura é óbvia em todas as estações do ano. Chuvas fortes mais frequentes têm impacto na humidade e na vegetação, fazendo com que a água seja filtrada em menos solo. Haverá também mais cheias. O novo padrão de chuvas irá conduzir a mudanças de localização da terra arável. Menos glaciares e cobertura de neve nas montanhas, terão um efeito adverso nos sistemas hidrológicos e na estrutura do solo.

Já estamos a viver as consequências do aumento do monóxido de carbono na atmosfera. O aquecimento global está a causar mudanças climáticas.

O calor extremo traz consigo furacões e cheias repentinas em todo o mundo. Milhares de pessoas perderam as suas vidas em cheias repentinas em todo o mundo. Tufões, tempestades de monções e tsunamis na América, nas ilhas da Oceania, Bangladesh, Índia e Paquistão, não são uma coincidência.

Os peritos dizem que estamos agora na primeira etapa da alteração do clima. Os furacões e tsunamis, os abalos de terra repentinos e os terramotos, bem como a mudança abrupta do clima durante o dia, são evidências disto mesmo. Com o aumento da temperatura do mar, são esperados furacões mais devastadores. E o que se esperava, está de facto a acontecer.


Caros ouvintes, os climatologistas usam vários modelos do clima global. Os resultados obtidos podem ser diferentes ao nível do detalhe, mas a conclusão geral é praticamente a mesma. Por exemplo, todos os modelos dizem que uma subida no monóxido de carbono irá causar uma lenta subida da temperatura no mundo.
O avanço do aquecimento irá depender do ritmo de utilização de energia. Espera-se também que o nível de dióxido de carbono na atmosfera duplique até 2 050. Os modelos indicam resultados diferentes acerca do nível de aquecimento. Alguns modelos dizem que o aumento será de 1ºC, enquanto outros dizem que o aumento poderá chegar aos 5ºC.

Se haverá ou não aquecimento global, não é o ponto da discussão. Mas não existe informação precisa acerca da quantidade , duração e consequências do aquecimento. Um aumento da temperatura de um grau, não deverá afetar a atual estrutura e ordem social. Mas se o aumento for de 5ºC, tanto os humanos como as outras criaturas vão sofrer.

Desde a primeira Conferência Mundial do Clima em 1 979, a noção de que o aumento da temperatura pode trazer destruição à humanidade tem lentamente passado a fazer parte da agenda política. No entanto, e porque os aumentos súbitos da temperatura não implicam uma ameaça imediata para a saúde humana, demorou-se algum tempo a perceber a gravidade do assunto.

Apesar disso, neste momento os políticos querem tomar medidas para o futuro, porque sentem uma grande pressão não apenas dos cientistas e das organizações ambientalistas, mas também da opinião pública. Mas para tomar as decisões corretas, eles precisam de saber onde e como o aquecimento global terá impactos. Porque as decisões tomadas terão um impacto drástico nas estruturas sociais e económicas. Estas medidas custam centenas de milhões de dólares e ninguém quer desperdiçar dinheiro.

Por este motivo, os políticos querem que as previsões dos cientistas sejam o mais precisas possível. Por outro lado, os cientistas estão a ter dificuldade em prever as consequências do aquecimento global. O processo manifestou-se há cerca de 150 anos, mas recentemente ganhou mais força. Mas os climatólogos ainda não chegaram a consenso relativamente às suas causas, duração e possíveis consequências, nem ao que é preciso fazer.

Os cientistas estão cientes de que o aquecimento irá mudar drasticamente a Terra tal como a conhecemos e a vida no planeta. Mas para eles, fazer previsões regionais é de momento extremamente difícil. Eles apenas conseguem prever o tipo de mudanças que irão ocorrer.

Parar o aquecimento global parece quase impossível. Mas suavizar os seus impactos será um serviço às gerações futuras. Os impactos do aquecimento global serão menos graves quando reduzirmos o efeito de estufa até ao seu estado natural. O nosso planeta Terra apenas precisa da nossa ajuda. A situação conduziu-nos às melhorias, em parte devido a esforços pessoais.

Caros ouvintes, não devemos privar a natureza desse esforço pessoal. Talvez nós possamos também fazer a diferença. Podemos não instalar painéis solares, turbinas eólicas ou construir casas de alta tecnologia. Substituir uma lâmpada de tipo antigo pelas que poupam energia pode não parecer uma grande solução. Mas durante a sua vida útil, irá poupar o consumo de 225 kgs de carvão em termos de emissões de carbono. E irá contribuir para uma redução do carbono emitido para a atmosfera. Se toda a gente mudar apenas uma lâmpada, podemos travar a queima de milhões de toneladas de carvão. Uma única lâmpada é um bom começo.

Caros ouvintes da Rádio TRT Voz da Turquia, até ao próximo programa.


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