Lula da Silva: "EUA devem parar de encorajar a guerra na Ucrânia"

O Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que os Estados Unidos da América (EUA) deveriam parar de encorajar a guerra na Ucrânia.

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Lula da Silva: "EUA devem parar de encorajar a guerra na Ucrânia"

Lula da Silva disse aos jornalistas na capital Pequim, à margem da sua visita à China (ontem), que a posição da comunidade internacional contra a guerra poderia persuadir as partes em conflito à paz.

"Os Estados Unidos devem deixar de encorajar a guerra e começar a falar de paz. A União Europeia precisa de começar a falar de paz. Só assim poderemos convencer (o Presidente russo Vladimir) Putin e (o Presidente ucraniano Volodymyr) Zelensky de que a paz é do interesse do mundo".

Numa declaração conjunta emitida após a visita, os dois países disseram que mais países deveriam desempenhar um papel construtivo na promoção de uma solução política para a crise ucraniana, e que o Brasil e a China continuarão a discutir esta questão.

No seu encontro com o seu homólogo chinês Xi Jinping, Lula da Silva salientou que o Brasil e a China, como dois grandes países em desenvolvimento, deveriam trabalhar em conjunto para "equilibrar a geopolítica mundial".

A 24 de fevereiro, no primeiro aniversário da guerra, a China anunciou um "documento de posição" de 12 pontos contendo as suas propostas para uma solução política para a crise. No documento, foi salientado que deveria ser alcançado um cessar-fogo, através da redução gradual das tensões.

A proposta de cessar-fogo não foi aceite pelos Estados Unidos e pela União Europeia, bem como pela Ucrânia, que a considerou como uma aceitação da situação de facto.

A Rússia, por sua vez, declarou que atribuía importância ao ponto de vista da China, mas que nas atuais circunstâncias, não tinham sido criadas as condições necessárias para uma transição para uma solução pacífica da questão ucraniana.



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