Escassez de água no campo Rukban na Síria

Os refugiados que se encontram no campo de Rukban na fronteira sírio-jordana, que está sob o bloqueio do regime de Bashar al-Assad, e onde vivem quase 11 mil civis, enfrentam a escassez de água potável, bem como de alimentos e medicamentos.

O abastecimento de água potável a Rukban, que é conhecida como a região onde se vive a maior crise humanitária em toda a Síria, é assegurado pela Associação Jordana Para um Mundo Melhor, que está localizada em território jordano e é apoiada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Até maio, 700 metros cúbicos de água potável eram bombeados diariamente da linha de água potável, tendo este número caído para 300, e por vezes 150 metros cúbicos, após o mês de maio.

Na região do campo de Rukban, que é uma das áreas mais quentes da Síria durante a estação do verão, a temperatura do ar sobe acima dos 40 graus celsius.

Três enfermeiros trabalham no único centro médico do campo, onde apenas são prestados os primeiros cuidados de saúde de emergência.

A enfermeira Ussama Abu Muyasser afirmou: "não há medicamentos, equipamento médico e suprimentos. Não há comida para bebé. Não há ninguém que ajude".

Muyasser disse que o número de crianças que adoecem devido à má nutrição e água insalubre aumentou nos últimos meses, acrescentando que os residentes do campo precisam de todos os bens essenciais à vida, tais como comida, água, medicamentos, um centro de saúde completo e combustível.

A 4 de agosto, a Coligação Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias (SMDK) e a Rede Síria para os Direitos Humanos (SNHR) solicitaram auxílio urgente ao campo Rukban, onde existe uma grande escassez de água.

Exortaram as Nações Unidas (ONU) a cumprir as suas responsabilidades para com o campo, e pediram aos residentes do campo que adoptassem uma posição dura contra o regime de Assad, que mantém o campo sob cerco.