O ex-presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, pede desculpas por ter deixado o país
No início do ano, começou a retirada das forças internacionais do Afeganistão em conformidade com o acordo de paz alcançado entre os EUA e os Talibã em fevereiro de 2020.
O ex-presidente afegão Ashraf Ghani, que pediu asilo aos Emirados Árabes Unidos depois dos Talibã terem assumiu o controlo do país, pediu desculpas ao seu povo.
"Sair de Cabul foi a decisão mais difícil da minha vida" - lamentou Ghani na sua conta no Twitter.
O ex-presidente pediu desculpas por ter deixado o país para "evitar que regressasse o clima de guerra que se viveu durante a guerra civil na década de 1990 na capital".
“Não queria abandonar o meu povo, mas não tive outra opção senão ser fazê-lo” – garantiu Ghani.
O ex-presidente de 72 anos, que foi alvo de uma onda de críticas por parte de políticos afegãos por ter fugido do país a 15 de agosto, declarou que "em breve divulgará as situações que levaram à sua saída".
No início do ano, a retirada das forças internacionais do Afeganistão começou em conformidade com o acordo de paz alcançado entre os EUA e os Talibã em fevereiro de 2020.
O acordo não contempla nada sobre os atos dos Talibã contra agentes de segurança afegãos, garante apenas que as forças estrangeiras não seriam atacadas pelos Talibã.
Os Talibã retomaram as negociações com o governo afegão em Doha e dominaram com rapidez um grande número de regiões do Afeganistão, lançando uma forte ofensiva desde junho que conduziu à tomada dos centros provinciais no mês passado.
Após a saída de Ghani do país, os Talibã assumiram o controlo da capital sem ter que lutar por ela, após sitiarem Cabul.
