ONU: "Mianmar afasta-se da democracia"

O exército birmanês prolongou o estado de emergência por mais 2 anos.

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ONU: "Mianmar afasta-se da democracia"

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, deu uma conferência de imprensa sobre o adiamento das eleições e o prolongamento do estado de emergência até 2023, decretado de pelo exército birmanês. Dujarric disse que: “Esta situação não vai na direção certa. Afasta-se dos nossos apelos para o fim da opressão, da violência e no sentido da libertação dos presos politicos e do regresso à administração democrática”.

Dujarric chamou a atenção para a morte de pelo menos 930 pessoas, incluindo mulheres e crianças, mortas pelas forças de segurança desde o golpe de 1 de fevereiro. Milhares de pessoas continuam presas, incluindo civis, jornalistas e defensores dos direitos humanos, autores e políticos.

Dujarric destacou que a crise que se seguiu ao golpe em Mianmar impede o combate à epidemia de Covid-19, bem como acesso a saúde, educação e ajuda urgente.

O exército birmanês tomou o poder a 1 de fevereiro, na sequência do aumento da tensão política e das alegações de fraude nas eleições de 8 de novembro de 2020. A atual líder e ministra das Relações Exteriores, Aung San Suu Chii, bem como muitos outros responsáveis do partido no poder foram detidos pelo exército e foi decretado o estado de emergência por um ano.



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