Estados Unidos condenaram veementemente o golpe no Mali

O secretário Mike Pompeo chamou 'todos os atores políticos e militares para trabalharem pela restauração do Governo constitucional', após a prisão e renúncia do Presidente do Mali, Ibrahim Boubakar Keita.

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Estados Unidos condenaram veementemente o golpe no Mali

Estados Unidos

O governo dos Estados Unidos condenou "veementemente" o golpe no Mali na quarta-feira e pediu às autoridades militares do país africano que garantissem a segurança dos governantes detidos e das suas famílias.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse em um comunicado que seu país "apela a todos os atores políticos e militares para trabalharem para a restauração do governo constitucional" no Mali.

"Exortamos todas as partes envolvidas no Mali a iniciar um diálogo pacífico, respeitar os direitos dos malianos à liberdade de expressão e protesto pacífico", diz a declaração.

O presidente do Mali, Ibrahim Boubakar Keita, teve que renunciar, junto com seu governo, depois de ser detido por soldados que se rebelaram na terça-feira. O primeiro-ministro do país, Boubou Cisse, também foi detido junto com o presidente.

A tensão aumentou no Mali em 2012, após um golpe fracassado e rebelião de separatistas tuaregues que finalmente permitiu que grupos militantes ligados à Al Qaeda assumissem o controle da metade norte do país.

Boubakar Keita, de 75 anos, chegou ao poder em 2013, mas vem sendo criticado pela população local por não garantir proteção contra ataques terroristas, principalmente nas regiões norte e centro do país.
Mali, um dos países mais pobres do mundo, sofre há anos com a presença de vários grupos terroristas, apesar da França, do Mali e das forças de paz da ONU que realizam operações de contraterrorismo na região.

Até à data, não foi possível implementar um acordo de paz de 2015 entre o Governo do Mali e os grupos rebeldes Tuareg.

 

AA



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