Definida a fiança para os três acusados no caso da morte de George Floyd
Os agentes Tou Thao, Thomas Lane e Alexander Kueng, compareceram perante o Tribunal Distrital do Condado de Hennepin.
Muriel Bowser, a presidente do município da capital dos Estados Unidos, Washington DC, organizou uma conferência de imprensa sobre os protestos contra o assassinato violento do cidadão afro-americano George Floyd. Bowser referiu às manifestaçõesque ocorreram "sem incidentes" duante duas noites na cidade.
"Pedimos às tropas que vieram de outros estados para que deixem Washington DC agora" – afirmou Bowser.
A tensão nos protestos diminuiu e os protestos continuaram "pacificamente" na cidade, depois do presidente Donald Trump ter enviado tropas com armas pesadas e mais agentes de segurança para a capital.
Entretanto, foi definida uma fiança no valor de 750 000 dólares para cada um dos três policias presos devido à sua implicação na morte de Floyd. Os agentes Tou Thao, Thomas Lane e Alexander Kueng, compareceram perante o Tribunal Distrital do Condado de Hennepin.
O juiz Paul Scoggin anunciou que a próxima audiência será no dia 29 de junho. Os três policias estiveram envolvidos na detenção de Floyd, para além de Derek Chauvin, que pôs o seu joelho no pescoço de Floyd. Todos foram suspensos menos de 24 horas após o assassinato.
Por seu turno, Chauvin foi preso há uma semana pela procuradoria de Hennepin, sob acusação de assassinato em terceiro grau. Depois do caso ter sido encaminhado para o procurados do Minnesota, Keith Ellison, a acusação passou a ser de assassinato em segundo grau. Chauvin pode ser condenado a pelo menos 40 anos de prisão, se for considerado culpado.
George Floyd morreu no dia 25 de maio, depois do agente policial Derek Chauvin ter colocado o joelho no pescoço do afro-americano durante quase nove minutos, apesar dos repetidos apelos de Floyd dizendo que não conseguia respirar.
A autópsia independente, realizada na segunda-feira, revelou que Floyd morreu devido a "asfixia por pressão constante".
Funeral emotivo
Centenas de pessoas marcaram presença no primeiro eventos fúnebre em memória de George Floyd, um afro-americano que, estando desarmado e algemado, foi morto enquanto se encontrava sob custódia policial, no final do mês passado - informou a agência de notícias Anadolu.
O serviço fúnebre na North Central University, em Minneapolis, no estado americano do Minnesota, contou com a presença da família de Floyd e de Ben Crump, o advogado de direitos civis que representa a família, bem como de convidados famosos.
"Todas estas pessoas vieram ver o meu irmão. Estou impressionado que ele tenha tocado o coração de tantas pessoas. Porque ele tocou os nossos corações" - afirmou Philonise, irmão de Floyd, na cerimónia fúnebre. "Queremos justiça para George. E ele vai consegui-la" – acrescentou o irmão.
