Os Estados Unidos reiteram à Rússia que as negociações sobre armas devem incluir a China
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que qualquer conversa futura sobre o controle de armas deve ser baseada na visão do presidente Trump
AA - O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, informou na sexta-feira que qualquer futura negociação de controle de armas entre Moscou e Washington deve incluir a China.
As declarações do diplomata-chefe ocorreram durante um telefonema com seu colega russo, Sergey Lavrov, de acordo com um comunicado do porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus.
"O secretário enfatizou que qualquer conversa futura sobre o controle de armas deve basear-se na visão do presidente (Donald) Trump de um acordo trilateral de controle de armas que inclua Rússia e China", disse Ortagus.
Segundo o comunicado, os dois diplomatas também discutiram questões bilaterais, incluindo a detenção de cidadãos americanos.
"Pompeo e o ministro das Relações Exteriores Lavrov discutiram os próximos passos do Diálogo Estratégico de Segurança bilateral, levando em consideração a pandemia do COVID-19", acrescentou.
O Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New START) é o último acordo de armas nucleares assinado entre a Rússia e os EUA depois que Washington se retirou do Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em agosto de 2019, depois de acusar a Rússia de violar a aliança.
O governo Trump salientou que quer uma extensão do New START, que expirará em 5 de fevereiro de 2021, para incluir a China no tratado que foi assinado em 2010.
A China, por sua vez, rejeitou a oferta mais tarde, dizendo que o país não estava interessado nas negociações do acordo (AA).