China convoca embaixador dos EUA por causa da detenção da diretora financeira da Huawei
Pequim já tinha convocado no sábado o embaixador do Canadá, na sequência da detenção de Meng Wanzhou naquele país, a pedido dos Estados Unidos, a 1 de dezembro.
A China convocou este domingo o embaixador dos Estados Unidos em Pequim para protestar contra a detenção da diretora financeira da operadora de telecomunicações chinesa Huawei, e pediu a Washington que abandone o pedido de extradição.
Pequim já tinha convocado no sábado o embaixador do Canadá, na sequência da detenção de Meng Wanzhou naquele país, a pedido dos Estados Unidos, a 1 de dezembro.
A justiça norte-americana pede a extradição da diretora financeira e vice-presidente da Huawei, que é também filha do fundador da empresa, Ren Zhengfei, por suspeita de ter violado as sanções de Washington impostas ao Irão.
Pequim manifestou a sua "firme oposição" à detenção de Wanzhou e apelou aos Estados Unidos para “darem mais importância à posição solene e justa da China" - indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês num comunicado, publicado após um telefonema do vice-ministro da diplomacia chinesa, Le Yucheng, ao embaixador norte-americano, Terry Branstad.
"Le Yuncheng sublinhou que os Estados Unidos violaram os direitos legítimos e os interesses dos cidadãos chineses, e a natureza desta violação é extremamente grave", indicou o ministério.
A China exigiu também que os Estados Unidos "tomem medidas imediatas para retificarem as más práticas e levantarem o mandato de prisão contra esta cidadã chinesa", acrescentou o comunicado, que também avisou de uma possível "resposta adicional" da parte de Pequim.
Este domingo, o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que Donald Trump desconhecia a detenção de Meng Wanzhou na altura em que jantava com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na semana passada.
Meng Wanzhou, 46 anos, foi detida em Vancouver, no Canadá. A diretora financeira é suspeita pela justiça norte-americana de ter mentido a vários bancos sobre uma subsidiária da Huawei, com o objetivo de obter acesso ao mercado iraniano entre 2 009 e 2 014, violando assim as sanções dos Estados Unidos.
O principal negociador dos Estados Unidos com a China disse hoje que a detenção da diretora financeira da operadora de telecomunicações chinesa Huawei não deverá afetar muito as negociações comerciais, apesar dos fortes protestos de Pequim a exigir a sua libertação.
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