Senador dos EUA: Bin Salman foi 'cúmplice' no assassinato de Khashoggi

A CIA ainda não decidiu publicamente sobre o assassinato de Khahsoggi, mas relatórios da agência concluem que o príncipe ordenou o assassinato.

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Senador dos EUA: Bin Salman foi 'cúmplice' no assassinato de Khashoggi

O príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman foi "cúmplice" no assassinato de Jamal Khashoggi, disse o senador republicano dos EUA, Lindsay Graham.

"O príncipe herdeiro é uma 'bola de demolição'. Acredito que ele seja cúmplice do assassinato de Khashoggi nos níveis mais altos", acrescentou Graham após um briefing da diretora da Agência Central de Inteligência (CIA), Gina Haspel.

Haspel conversou com um pequeno grupo de senadores sobre o assassinato de Khashoggi depois que vários legisladores criticaram sua ausência de uma coletiva sobre o conflito no Iêmen na semana passada, que contou com a presença do secretário de Estado Mike Pompeo e do conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton.

A CIA ainda não decidiu publicamente sobre o assassinato de Khahsoggi, mas relatórios da agência concluem que o príncipe herdeiro ordenou o assassinato.

O jornalista saudita, colunista do jornal americano The Washington Post, morreu pouco depois de entrar no consulado de seu país em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro.

Depois de informar que Khashoggi havia deixado o consulado vivo, o governo saudita admitiu semanas depois que o jornalista havia sido morto dentro do prédio.

Graham disse que Bin Salman e o reino da Arábia Saudita eram duas entidades separadas, e que o príncipe poderia servir como um aliado útil dos Estados Unidos.

"Acho muito difícil fazer negócios com ele porque acho que ele é louco. Eu acho que é perigoso e que colocou nosso relacionamento em risco", disse ele. "Não posso apoiar a venda de armas para a Arábia Saudita enquanto ele está no comando do país. A guerra no Iêmen saiu do controle".

O senador Bob Corker, que participou da sessão, também disse aos repórteres que acredita que Bin Salman é o responsável pelo assassinato. "Se ele estivesse enfrentando um júri, ele seria sentenciado em menos de 30 minutos", disse Corker.

"Não tenho dúvidas de que o príncipe ordenou e monitorou o assassinato", acrescentou.



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