ONU apela ao julgamento dos generais de Myanmar responsáveis pelo genocído dos Rohingyas

As Nações Unidas querem que seja realizado um inquérito sobre os crimes contra a humanidade e os crimes de guerra que foram cometidos nos estados de Kachin e Shan, em Myanmar.

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ONU apela ao julgamento dos generais de Myanmar responsáveis pelo genocído dos Rohingyas

A Organização das Nações Unidas (ONU), apelou esta segunda feira a que os generais do exército birmanês sejam trazidos perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), para serem julgados pelos crimes de genocídio contra os muçulmanos do estado de Arakan.

A exigência da ONU surge na sequência de uma missão de inquérito composta por 3 investigadores, que atuaram a cargo do Conselho dos Direitos do Homem que faz parte da ONU.

Esta comissão de investigação indicou que é preciso julgar os generais do exército birmanês em Myanmar, pelo genocídio cometido contra os muçulmanos Rohingyas. A informação foi avançada pela agência americana de notícias Associated Press (AP).

As Nações Unidas querem também que seja realizado um inquérito sobre os crimes contra a humanidade e os crimes de guerra que foram cometidos nos estados de Kachin (no norte do país) e em Shan (a leste), em Myanmar.

Ainda segundo a mesma fonte, o chefe do Estado Maior de Myanmar, Min Aung Hlaing, bem como vários outros generais e militares de alta patente, cometeram um crime de genocídio contra os muçulmanos de Arakan.

Esta exigência da ONU coincide com a publicação do primeiro relatório da missão de investigação sobre este assunto. Os responsáveis da ONU condenaram veementemente as violações dos direitos do Homem em Myanmar, depois da campanha sangrenta que começou em agosto do ano passado – segundo a informação da Associated Press.

A agência de notícias americana acrescentou ainda que a missão de investigação recolheu minuciosamente centenas de testemunhos e de documentos, bem como imagens de satélite para documentar o seu relatório publicado ontem, segunda feira.

O Conselho dos Direitos do Homem da ONU criou esta comissão 6 meses antes de elementos armados terem atacado posições das forças de segurança de Myanmar em Arakan. Esta situação deu origem a uma onda de repressão que forçou centenas de milhares de Rohingyas a procurarem refúgio no Bangladesh, um país vizinho de Myanmar.



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