Trump nomeia um juiz conservador para o Supremo Tribunal

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou o conservador Brett Kavanaugh para ser juiz da Suprema Corte de seu país. Sua nomeação dependerá de uma votação que será realizada no Senado.

"A lei garante justiça igual para todos e o Senado tem a oportunidade de proteger esse legado", disse Trump durante a coletiva de imprensa em que fez a indicação.

Kavanaugh, de 53 anos, é juiz do Tribunal de Apelações de Washington e graduado pela faculdade de direito da Universidade de Yale.

O juiz afirmou durante a conferência de imprensa que se define como parte da comunidade católica na área de Washington e assegurou que se o Senado confirmar, manterá em suas decisões "uma mente aberta em cada caso, respeitando a Constituição".

Analistas consultados pela Agência Anadolu indicaram que a renúncia do juiz Kennedy, há duas semanas, alertou os juristas e as organizações que defendem os imigrantes, cuja situação legal pode ser afetada pelo novo equilíbrio de forças no mais alto tribunal.

Kennedy não era um juiz liberal e na maioria das vezes ele se inclinava em favor de posições conservadoras, mas em alguns casos relevantes ele votou junto com seus colegas progressistas da Corte.

"Com a nova conformação, certamente mais conservadora, a coisa mais provável é que, se houver questões de imigração que chegam à Corte, o tribunal acabará validando as decisões do presidente", disse Alejandro Garro, professor de direito da Universidade de Columbia.

Entre as questões de imigração que poderiam ser definidas na Corte em favor de posições conservadoras está o status dos chamados "sonhadores" e os beneficiários do Status Temporário Protegido nos EUA (TPS).

A substituição de Kennedy, segundo analistas, se juntaria às fileiras dos juízes conservadores John Roberts, Clarence Thomas, Samuel Alito e Neil Gorsuch, também indicados por Trump. No lado liberal estão Stephen Breyer, Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Bader Ginsburg. AA