Netanyahu apoia o pedido de Trump do muro na fronteiro com o México
Em um tweet, o primeiro-ministro israelense disse que seu muro "inteligente" funcionava na fronteira egípcia, o mesmo de Trump quer colocar na fronteira com o México
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que apoiou a ordem executiva do presidente norte-americano, Donald Trump, de construir um muro na fronteira dos EUA com o México.
"O Presidente Trump tem razão, construí um muro ao longo da fronteira Sul de Israel, acabou toda imigração ilegal, foi um grande sucesso", Netanyahu twittou, mostrando também uma bandeira israelense e americana.
No início deste mês, Israel finalizou uma "cerca inteligente" eletrônica ao longo de parte de sua fronteira com o Egito.
No passado, Israel também construiu uma barreira com uma altura de oito metros em torno da Cisjordânia ocupada, onde cerca de dois milhões de palestinos vivem e colocaram limites à sua liberdade de viajar.
Israel ocupou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia durante a Guerra do Oriente Médio de 1967. Mais tarde anexou a cidade em 1980, reivindicando-a como a capital unificada do Estado judaico auto-proclamado - um movimento nunca reconhecido pela comunidade internacional.
A declaração de Netanyahu vem depois que Trump assinou na quinta-feira uma ordem executiva sobre imigração, que instrui o governo a iniciar imediatamente a construção de um muro ao longo da fronteira Sul do país com o México e a deportação de imigrantes indocumentados envolvidos em crimes.
Seguindo a ordem executiva, os debates sobre se os EUA ou o México iriam pagar pelo muro - que custaria cerca de 25 bilhões de dólares.
O presidente mexicano Enrique Pena Nieto disse que seu país não pagaria por ele, como Trump sugeriu.
Pouco antes da decisão de Pena Nieto ter sido tornada pública, Trump escreveu no Twitter: "Se o México não está disposto a pagar pelo muro tão necessário, então seria melhor cancelar a próxima reunião".
Como resposta, Pena Nieto anunciou que não compareceria à reunião com Trump.
Trump também deve impulsionar um plano mais abrangente para deportar imigrantes indocumentados, e em grande parte proibir a imigração muçulmana e refugiados, de acordo com algumas de suas promessas de campanha mais controversa.
