Governos rivais da Líbia concordam em assinar acordo de paz

Órgãos parlamentares rivais da Líbia na sexta-feira concordaram em assinar um acordo das Nações Unidas (ONU) para formar um governo de unidade nacional que acabe com o conflito em curso no país.

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Governos rivais da Líbia concordam em assinar acordo de paz

Desde o ano passado, a ONU tem apoiado esforços para que os governos rivais da Líbia assinem um acordo de paz.

A Líbia tem sido amplamente dividida entre os dois parlamentos na capital Trípoli, conhecido como o Congresso Geral Nacional, e a Câmara dos Deputados na cidade oriental de Tobruk. Cada parlamento é apoiado por sua própria milícia.

Devido ao vácuo de poder resultante do controle da Câmara dos Deputados no leste do país e do controle do Congresso Geral Nacional do oeste, cidades como Sirte, no centro da Líbia, sofrem de ilegalidade ou regra tribal, tornando-as alvos fáceis para grupos como DAESH.

Se os dois lados assinarem com sucesso o acordo em 16 de dezembro, a Líbia vai receber mais apoio da comunidade internacional para lutar contra o DAESH.

O ministro francês dos Assuntos Europeus Harlem Desir, disse nesta sexta-feira que "Cada semana que passa é usada pelo DAESH para tentar fazer da Líbia uma base terrorista".

Várias rodadas de conversações de paz falharam no passado, em Marrocos e em Genebra, com adversários de ambos lados debatendo sobre detalhes ou exigindo mais concessões do outro.

O enviado da ONU para a Líbia Martin Kobler disse, "houve um amplo consenso de que somente através de assinatura rápida do acordo político, o país pode ser trazido de volta à unidade".

A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power - presidente do conselho para dezembro - afirmou que a ONU está pronta para sancionar qualquer um "que ameaçar a paz, a estabilidade e a segurança da Líbia."

A Líbia tem enfrentado violenta agitação desde que o autocrata de longa data Muammar Gaddafi foi deposto em 2011. Desde então, a economia do país, que é altamente dependente das vendas de petróleo, também sofreu drasticamente. A produção de petróleo diminuiu para menos de metade dos 1,6 milhões de barris por dia que era antes de 2011.

O Embaixador da Líbia da ONU Ibrahim Dabbashi disse ao Conselho de Segurança que "Chegou a hora de assinar o acordo."


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