Caso do véu nos EUA: Abercrombie concorda pagar 25 000 dólares

A empresa têxtil americana, Abercrombie & Fitch, concordou pagar 25 000 dólares de compensação a uma mulher cuja candidatura de emprego tinha sido recusado por usar véu islâmico.

Samantha Elauf pediu para trabalhar no departamento infantil, em 2008, em Tulsa, Oklahoma, quando tinha 17 anos, mas o seu pedido foi indeferido com o fundamento de que o véu contradizia a política de vestuário da loja.

De acordo com os registros do tribunal, a entrevista de Elauf com o seu véu preto, foi aprovado pelo Subdiretor da loja, mas o recrutamento foi recusado por um dirigente mais graduado.

O processo aberto pela agência federal chamada " Comissão de Igualdade de oportunidades de Emprego" em nome de Elauf, resultaram no pagamento de 20 000 dólares de compensação a Elauf. Mas o Tribunal de Denver decidiu a favor da empresa dizendo que Elauf usava o véu por razões religiosas e não pediu para ser dispensada da política de vestuário da loja.

Após o processo da primeira instância, o caso foi enviado ao Supremo Tribunal, em outubro 2014, que disse que os empregadores devem apresentar o ambiente adequado aos candidatos a emprego e trabalhadores que desejem cumprir as suas exigências religiosas.

A Abercrombie & Fitch concordou em pagar 25 000 dólares de compensação a Elauf, após o veredicto do Supremo Tribunal a favor da jovem.

A lei de direitos civis de 1964, nos Estados Unidos, proíbe a discriminação religiosa para crenças ou práticas religiosas.