EUA e Cuba retomam relações diplomáticas e abrem embaixadas

Estados Unidos e Cuba restabelecerão, hoje, as relações diplomáticas e abrirão as embaixadas nas respetivas capitais após meio século de inimizade, feito que o ministro dos negócios estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, marcará com uma visita histórica a Washington e uma reunião com o seu homólogo John Kerry.

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EUA e Cuba retomam relações diplomáticas e abrem embaixadas

Sete meses depois de os presidentes americano, Barack Obama, e cubano, Raúl Castro, surpreenderem o mundo com o anúncio de um processo de aproximação bilateral, os dois governos darão fim a décadas de hostilidade com a reabertura das embaixadas e o reatamento das relações diplomáticas que romperam em 1961.

Rodríguez presenciará a reabertura da embaixada de Cuba, um edifício construído em 1917 a três quilómetros da Casa Branca.

A sua visita será a primeira com caráter oficial a Washington, por um ministro dos negócios estrangeiros de Cuba, desde 1959.

A futura embaixada de Cuba convidou cerca de 500 americanos, entre eles legisladores e representantes do governo dos EUA, como a secretária-adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, Roberta Jacobson.

Na cerimónia, presidida por Rodríguez, será içada a bandeira cubana na frente do edifício, e realizar-se-á o descerramento da placa que identificará o edifício como sendo a embaixada de Cuba, seguindo-se um breve discurso do ministro.

De tarde, Rodríguez reunir-se-á com o chefe da diplomacia americana, John Kerry, no Departamento de Estado.

Enquanto a abertura da embaixada cubana, em Washington, será em grande estilo, a missão americana em Havana mudará de estatuto sem grandes festejos, segundo antecipou o Departamento de Estado.

Os EUA adiarão a cerimónia até que Kerry visite Havana, uma viagem ainda sem data estabelecida e que marcará a primeira visita de um secretário de estado americano a Cuba desde 1945.

Os atuais chefes das seções de interesses de Cuba, José Ramón Cabañas, e dos EUA, Jeffrey DeLaurentis, passarão a ser encarregados de negócios, enquanto ambos os governos nomearão os seus respetivos embaixadores.


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