Surto de casos de MERS na Coréia do Sul
50 pessoas infectadas com a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) foram confirmadas na Coréia do Sul. Oficiais descartam mutação do vírus.
A Coréia do Sul anunciou mais nove casos de MERS nesse sábado, o que representa uma velocidade alta de infecções pois 50 pessoas, desde o dia 20 de maio, contraíram a doença respiratória potencialmente fatal.
A doença, que tem uma taxa de mortalidade de 40 por cento em todo o mundo, fez suas primeiras quatro vítimas na Coréia do Sul no início desta semana.
Um relatório do Ministério da Saúde também revelou que os oficiais não acreditam que o vírus que provoca a síndrome tenha sofrido mutação na Coréia do Sul.
Causada por uma variedade do coronavírus, MERS é relativamente uma condição nova nos seres humanos - tendo sido reconhecida na Arábia Saudita recentemente em 2012.
"Em termos de virologia, o vírus aqui é o mesmo", disse um representante do ministério que falou para a agência de notícias local Yonhap, cujo nome não foi citado.
Mas se não houve nenhuma mutação-viral, levanta-se a questão do por que dessa transmissão rápida da doença que anteriormente tinha sido considerada relativamente difícil de se contrair. Os últimos casos não tiveram contato direto com o primeiro infectado na Coréia do Sul, um homem de 68 anos que voltava de uma viagem ao Oriente Médio no mês passado.
Uma das possibilidades é que o "clima da Coréia do Sul seja mais propício para a sobrevivência do vírus MERS do que no Oriente Médio", disse o oficial do ministério.
Outra questão é a política do governo de ocultar os nomes dos hospitais que tratam os pacientes infectados.
A pressão pública e do governo local parece ter forçado Seul apesar da preocupação de se causar medo desnecessário e a estigmatização das instalações.
Na ausência de informações claras, muitas pessoas tem recorrido á internet. Essa semana, pelo menos dois usuários da internet foram detidos por espalhar falsos boatos acerca dos hospitais.
Após uma resposta inicial de negligência ao surto, o governo colocou neste final de semana em quarentena ou isolação, mais de 1.800 pessoas que correm o risco de estarem infectadas.