EUA saúda a retomada dos debates liderados pela ONU na Líbia

Na sexta-feira, os EUA saudaram o anúncio de que o diálogo político líbio facilitado pelas Nações Unidas será retomado no dia 08 de junho no Marrocos.

“As partes interessadas da Líbia que participam do diálogo das Nações Unidas, estão trabalhando para preservar a soberania e integridade territorial da Líbia, com o término das discussões sobre um projeto de acordo político que irá formar uma unidade nacional de governo", disse a porta-voz do Departamento de Estado Marie Harf.

Bernardino Leon, representante especial do Secretário-Geral sobre a Líbia, anunciou a retomada das negociações.

Elogiando os esforços de Leon, Harf, disse que o secretário de Estado Antony Blinken falou na sexta-feira com o Presidente líbio da Câmara de Representantes Saleh Aguilla Eissa e a enfermeira Abu Sulaiman do antigo Congresso Nacional Geral.

"Blinken destacou o nosso forte apoio ás decisões de ambos os grupos de atender ao diálogo político próximo e pediu apoio para a conclusão do acordo político e o estabelecimento de um novo governo de unidade nacional o mais rápido possível", disse ela.

A Líbia tem-se mantido em um estado de turbulência desde que uma revolta sangrenta terminou com o governo de décadas de Muammar Gaddafi no final de 2011.

Desde então, as divisões políticas rígidas do país formaram dois grupos rivais, cada um com suas próprias instituições e capacidades militares.

Disputando pela autoridade legislativa estão de um lado, a Casa dos Deputados em Tobruk e a capital Trípoli de outro, com o Congresso Geral Nacional.
As duas assembléias apóiam os dois governos rivais sediados nas duas cidades, respectivamente.

No final de fevereiro, a Câmara dos Representantes supostamente suspendeu a sua participação nas negociações porque o governo rival não condenou um ataque ao país, que matou pelo menos 40 pessoas.

Leon entregueu uma proposta de Acordo no dia 29 de abril, nela ele solicita um acordo político entre facções opostas no país em um período de transição de dois anos e o respeito mútuo das partes com relação ao resultado das eleições parlamentares.
A proposta também pede a prorrogação do mandato da Assembléia para elaboração da Constituição do país.