Austrália rejeita pedidos de asilo de migrantes no mar
O primeiro ministro australiano Tony Abbot disse “não, não, não” relativamente à possibilidade da Austrália oferecer asilo aos migrantes desesperados nas águas do Sudeste asiático.
Tony Abbot recusou na quinta-feira oferecer ajuda aos refugiados Rohingya, dizendo que tal seria um incentivo à sua migração se lhes fosse concedido asilo num “país ocidental”.
“Não, não, não” – foi assim que o primeiro ministro australiano respondeu às questões sobre a possível concessão de asilo aos refugiados, na sua maioria muçulmanos Rohingya que fogem da perseguição em Myanmar.
Tony Abott esclareceu ainda que a Austrália não fará absolutamente nada, que encorage ninguém a pensar que pode entrar num barco e trabalhar com traficantes de pessoas, para começar uma nova vida. Abott considera que qualquer medida que estimule as pessoas a entrar nestes barcos, só vai tornar o problema maior.
O primeiro ministro australiano disse que o seu país poderá oferecer ajuda aos países vizinhos de outras formas, mas que não aceitará pessoas que tentam entrar na Austrália de forma ilegal.
A Austrália tem um fraco registo no que toca ao tratamento de pedidos de asilo, e implementou várias políticas controversas para impedir a chegada de barcos às suas costas. Todos os imigrantes ilegais que chegam por barco, são detidos e enviados para Nauru ou para a Nova Guiné.
No ano passado, as autoridades australianas confirmaram o repatriamento de 429 migrantes que chegaram em 15 embarcações.
A agência das Nações Unidas para os refugiados já avisou a Austrália sobre a sua política de refugiados, advertindo que viola o direito internacional.
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