Netanyahu ordena a instalação de milhares de centros de detenção

O Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que, apesar das advertências internacionais, em breve lançarão uma operação militar contra o Hamas em Rafah, no sul de Gaza.

Comentando a questão da operação militar contra Rafah para o jornal Bild e o Politico, Benjamin Netanyahu disse: "Vamos para lá (para Rafah). Não vamos sair."

Netanyahu afirmou que quando iniciassem uma operação militar em Rafah, demoraria algumas semanas para completar a intensa fase de conflito, e afirmou que tinha o apoio tácito de muitos líderes árabes para continuar o ataque contra o Hamas, sem nomeá-los.

“Desde o 7 de outubro, que não queremos ver um Estado da Palestina, afirmou Netanyahu, rejeitando as propostas de solução de dois Estados vindas da comunidade internacional.

Netanyahu, que também rejeitou a ideia de um cessar-fogo por ocasião do Ramadão, afirmou que queria ver a libertação dos reféns israelitas, mas não via qualquer progresso nas negociações.

Por outro lado, foi afirmado que o Primeiro-ministro Netanyahu “instruiu os ministérios das Finanças, da Defesa e da Segurança Nacional a prepararem urgentemente milhares de centros de detenção”.

No comunicado do Gabinete de Imprensa do Governo israelita, foi afirmado que o exército israelita e a Agência de Segurança Interna israelita Shin-Bet (Shabak) apresentaram um relatório em como milhares de pessoas serão detidas em Gaza e na Cisjordânia ocupada ao longo de 2024, a partir do 7 de outubro. Afirmou-se que cerca de 4 mil pessoas, a maioria das quais em Gaza, já foram detidas desde então.

Na declaração conjunta feita pela Associação de Prisioneiros Palestinianos e pela Delegação de Prisioneiros e Libertados afiliada à Organização para a Libertação da Palestina, foi afirmado que o número de palestinianos detidos na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro, quando Israel lançou os seus violentos ataques a Gaza, aumentou para 7 mil e 505.

Anunciou-se que alguns palestinianos detidos foram libertados, enquanto outros ainda estavam detidos.

Mais de 31 mil civis, a maioria crianças, morreram nos intensos ataques de Israel à Faixa de Gaza desde 7 de outubro.