EUA demonstram preocupação por uso de fósforo branco de fabrico americano em ataques israelitas

A administração dos Estados Unidos da América (EUA), a propósito das notícias de que Israel utilizou projéteis de fósforo branco de fabrico americano no Líbano, afirmou:
"Vimos as notícias e, francamente, estamos preocupados com isso".

O coordenador das comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, apresentou a ordem de trabalhos aos membros da imprensa.

John Kirby fez uma declaração sobre os projécteis de artilharia de fósforo branco fabricados nos EUA, que foram utilizados no ataque de Israel no sul do Líbano, e que feriu 9 pessoas.

"Vimos as notícias e estamos obviamente preocupados com o assunto. Vamos fazer perguntas (à parte israelita) para obter mais informações sobre o assunto".

Kirby recordou que os israelitas fornecem armas de fósforo branco aos exércitos de outros países para "iluminação" e fins limitados semelhantes, e afirmou que esperam que o fósforo branco seja utilizado apenas dentro deste quadro legal.

A Organização das Nações Unidas (ONU) também manifestou sérias preocupações quanto à utilização de armas como o fósforo branco, especialmente em zonas densamente povoadas.
Stéphane Dujarric, Porta-voz da ONU:
"Estamos seriamente preocupados com o uso de materiais de guerra incendiários como estes, especialmente em áreas densamente povoadas."

Em 8 de dezembro, a televisão palestiniana Al-Aqsa TV informou que Israel utilizou "bombas de fósforo e de fumo" no seu ataque a uma escola no campo de refugiados de Jabalia, onde se encontravam muitos civis.

O jornal americano Washington Post encontrou os restos de cartuchos de fósforo branco de 155 milímetros de fabrico americano utilizados no ataque israelita de 16 de outubro a sul da cidade de Dahayra, no Líbano, que feriu 9 pessoas.

A Amnistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW) tinham referido que Israel tinha utilizado fósforo branco nas suas operações militares em Gaza e no Líbano.