Os EUA aceitarão que a política de máxima pressão não funciona e terão que negociar"

O presidente iraniano, Hassan Rohani, falou sobre a tensão com os Estados Unidos.

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Os EUA aceitarão que a política de máxima pressão não funciona e terão que negociar"

O presidente do Irão, Hassan Rohani, disse que "o governo dos EUA aceitará que a política de pressão máxima não funciona e terá que se sentar à mesa de negociações connosco".

As palavras de Rohaní foram proferidas após a reunião do Conselho de Ministros na capital iraniana de Teerão. Rouhani revelou que os EUA enviam muitos líderes mundiais como mediadores para as negociações.

“Se a revolução iraniana vai entrar em colapso dentro de alguns meses, como dizem os americanos, por que fazem eles concessões? Um dia, os EUA chegarão à conclusão de que as pressões máximas não dão resultados e vão ter que se sentar à mesa das negociações”  afirmou Rouhani.

O presidente iraniano lembrou ainda que após o assassinato de Qasem Soleimani, o ex-comandante da Força Quds dos Órgãos da Guarda Revolucionária do Irão, o Congresso limitou as autorizações dadas ao presidente Donald Trump e ao Pentágono para agirem sobre o Irão.

“Se os EUA quisessem resolver conflitos regionais, poderiam fazê-lo em colaboração com Soleimani e até através dele. Agora têm que fazer isso com 20 pessoas. Os problemas poderiam ter sido resolvidos conversando com Soleimani. Agora a coisa ficou mais complicada”.

O presidente iraniano indicou que em 2013 e 2015 Teerão fez com que os EUA sentassem à força na mesa de negociações e assinassem o documento do acordo, embora não quisessem fazê-lo. E disse que tal voltará a acontecer agora.

Os produtos iranianis são alvo de um embargo nos portos ocidentais e, por isso, as refinarias e instalações de gás natural não funcionam devido às sanções. Após o levantamento das sanções em 2015, as exportações de petróleo iraniano aumentaram de 900 mil para 3 milhões de barris diários, e permitiram ao país receber empréstimos no valor de 5 mil milhões de dólares.

Rouhani terminou a sua intervenção apelando ao povo para ir às urnas, nas eleições de 21 de fevereiro.



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