Israel inicia demolição de casas palestinianas em Jerusalém Oriental

As forças israelitas derrubaram algumas casas de palestinianos na zona de Sur Baher, em Jerusalém Oriental.

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Israel inicia demolição de casas palestinianas em Jerusalém Oriental

As forças israelitas começaram a demolir algumas casas dos palestinianos, sob o pretexto de que estas estão perto da vedação de arame farpado colocado na continuação do Muro de Separação em Jerusalém ocupado.

A operação está a ser acompanhada desde as 04:00 horas da manhã locais por dezenas de forças de segurança israelitas, incluindo militares.

As forças israelitas evacuaram à força algumas casas de palestinianos, depois do Supremo Tribunal de Israel ter decidido pela sua demolição, devido à sua proximidade da cerca de arame farpado.

A operação é contestada pela Autoridade Palestiniana e denunciada como pretexto para outras operações do género noutros bairros palestinianos ao longo da barreira.

Os residentes receiam que uma centena de outros edifícios na mesma área estejam ameaçados por operações similares a curto prazo.

"Estas casas têm permissão do Ministério da Administração Interna da Autoridade Palestiniana. Estão localizadas na 'area A' da Cisjordânia, por isso os residentes tiveram autorização para construir. Essas autorizações estão agora a ser violadas pelas forças de ocupação", acusa o chefe da comissão palestiniana anticolonatos e antimuro. Walid Assaf.

São cerca de 70 os apartamentos que compõem a dezena de edifícios condenada à demolição, numa ordem judicial israelita entregue aos residentes a 18 de junho. Alguns dos edifícios estavam ainda em fase de construção.

A ONU garantiu estar "a seguir de muito perto os desenvolvimentos na área de Su Baher, na província de Jerusalém:

"Dezassete palestinianos, incluindo nove refugiados, enfrentam o risco de terem de ser deslocados e mais de 350 outros arriscam perder as suas propriedades, devido à intenção da autoridade israelita de demolir 10 prédios, incluiindo cerca de 70 apartamentos, devido â respetiva proximidade à barreira da Cisjordânia", escreveu a ONU num comunicado divulgado a 17 de julho.

O comunicado concluiu-se com o apelo "a Israel para suspender os planos de demolir estas e outras estruturas e para implementar políticas de planeamento justas".

O Estado israelita deve permitir "aos residentes palestinianos da Cisjordânia, incluindo os de Jerusalém Oriental, a possibilidade de realizarem as respetivas necessidades de habitação e desenvolvimento, de acordo com as obrigações enquanto potência de ocupação", lê-se no comunicado.



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