Sauditas satisfeitos com garantia de Obama sobre acordo com Irã

Ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita diz que eles estão satisfeitos com garantia dos EUA sobre acordo com Irã.

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Sauditas satisfeitos com garantia de Obama sobre acordo com Irã

O Rei Salman da Arábia Saudita, na sexta-feira, chegou nos EUA para sua primeira visita oficial, desde que assumiu o trono em janeiro de 2015. Sua agenda principal durante a sua primeira visita histórica nos EUA, será discutir o acordo nuclear entre o Irã e o P5 + 1, países que abrangem China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, além da Alemanha.

O acordo histórico preocupa os Estados do Golfo, por causa da possibilidade de uma influência iraniana mais ampla no Oriente Médio, países do Golfo estão preocupados com o papel que o Irã esteja jogando no Iêmen, onde uma guerra entre as forças leais á Abd Rabbuh Mansur Hadi e as forças Houthi ganharam impulso desde que a Arábia lançou uma Operação de Força Decisiva em março. A guerra civil na Síria e o recente colapso nos preços globais do petróleo são também uma questão de preocupação para os Estados do Golfo.

Ao mesmo tempo, tanto os EUA e a Arábia Saudita estão buscando renovar sua parceria histórica.

A reunião tem um significado importante para o presidente Obama, que está tentando aumentar o apoio para o Plano Global de Ação Conjunta (JCPOA).

O plano é a oposição do Congresso republicano unificada, de acordo com os republicanos, o plano é um "erro histórico".

O Porta-Voz da Casa Branca, Josh Earnest disse: "O presidente e o rei irão discutir uma série de questões e se concentrarão em maneiras de fortalecer ainda mais o relacionamento bilateral, incluindo a nossa segurança comum e os esforços contra o terrorismo", e acrescentou que "eles também vão discutir temas regionais, incluindo os conflitos no Iêmen, Síria e medidas para combater atividades de desestabilização do Irã na região."

Grupos de direitos humanos e críticos da guerra no Iêmen, emitido as suas preocupações ao presidente Obama, disseram que ele deveria usar a reunião de sexta-feira para pressionar por um fim aos combates, que já matou mais de 2.000 civis, segundo a Organização das Nações Unidas.

A pressão do presidente Obama ao rei Salman sobre a crise humanitária no Iêmen, poderia garantir que organizações humanitárias tenham acesso irrestrito ao Iêmen.

Obama disse "Nós compartilhamos as preocupações sobre o Iémen e a necessidade de restaurar a função de um governo que seja inclusivo e que possa aliviar a situação humanitária ali. ''

Em uma coletiva de imprensa na embaixada da Arábia Saudita na sexta-feira, o ministro do Exterior Saudita, Adel al-Jubei, falou sobre os efeitos que o acordo nuclear poderá ter sobre a influência do Irã na região.

"O Reino da Arábia Saudita está satisfeito com estas garantias, após ter passado os últimos dois meses de consultoria com seus aliados na Europa e em outros lugares. Acreditamos que este acordo contribuirá para a segurança e estabilidade na região, impedindo o Irã de adquirir uma capacidade nuclear." disse o ministro das Relações Exteriores saudita.

Jubeir também falou sobre a guerra civil no Iêmen, que foi um dos principais temas do encontro.

Jubeir disse que o presidente sírio, Bashar al-Assad perdeu toda a sua legitimidade e não teve nenhum papel no futuro do país.


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