Muçulmanos pedem zona de exclusão aérea na Síria

Imagem de criança síria demonstra a necessidade de mais ação na Síria.

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Muçulmanos pedem zona de exclusão aérea na Síria

EUA precisam de ajuda imediata para estabelecer uma zona de exclusão aérea na Síria para proteger os civis de ataques em curso, disseram americanos sírios e grupos muçulmanos na sexta-feira.

A demanda veio de oito ONGs muçulmanas depois que o corpo do menino sírio de 2 anos de idade, Aylan Kurdi foi encontrado no sudoeste da Turquia com vários outros migrantes que tentavam chegar à ilha grega de Kos. As imagens do bebê rapidamente circularam na mídia social, causando condenação mundial aos governos por não fazer mais para proteger os imigrantes ilegais.

Durante uma conferência de imprensa na sede do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR), a imagem de Aylan foi apresentada junto ao palanque dos oradores.

O diretor nacional executivo do maior grupo de defesa muçulmana da nação pediu que a administração Obama e o Congresso "trabalharem com aliados-chave para estabelecer mais de uma zona de exclusão aérea para proteger a população síria".

Nihad Awad disse que a imagem da criança assombrou o consciente da comunidade mundial, mas que mais de 300.000 pessoas se afogaram desde 2011, quando a guerra na Síria começou. Fotos dessas vítimas não foram vistas pelo mundo, disse ele.

"Espero que esta imagem seja icônica para despertar a nossa consciência na defesa do povo sírio", disse ele.

Robert Marro, presidente de relações governamentais dos Centros All-Dulles da Sociedade da Área Muçulmana (ADAMS), não pôde conter as lágrimas ao olhar para as fotos durante seu discurso.

Ele disse que lembrou de seu tempo de trabalho com imigrantes ilegais na Malásia.
"Traz de volta as memórias", disse ele. "Nós não podemos simplesmente ignorar essas imagens. Quem tem um coração seria absolutamente arrasado ao ver isso. Não deixe que isso aconteça novamente."

Cerca de 2.500 imigrantes ilegais que fugiram de países em guerra ou condições econômicas no Oriente Médio e na África, morreram ou desapareceram neste ano, enquanto tentavam chegar à Europa, de acordo com a ONU.


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