Naufrágio de barco na costa da Grécia: 79 mortos e 104 resgatados

Ao largo da costa da Península de Mora (Peloponeso), na Grécia, foram detidas nove pessoas relacionadas com a tragédia dos migrantes, na qual até ao momento, 79 pessoas perderam a vida.

A estação de rádio e televisão grega ERT anunciou que as nove pessoas detidas eram cidadãos egípcios.

Segundo a notícia, o barco partiu do Egipto e dirigia-se para Itália, depois de ter feito uma paragem na região de Tobruk, no leste da Líbia.

A organização não governamental Save The Children, numa publicação na sua conta nas redes sociais, afirmou que testemunhas oculares terão visto que cerca de 100 crianças ficaram presas no porão do barco que se virou no dia anterior.

De acordo com as informações recebidas do Ministério das Migrações e do Asilo, há 8 crianças não acompanhadas entre as 104 pessoas resgatadas.

Por outro lado, registaram-se confrontos entre a polícia e manifestantes em Atenas, a capital da Grécia, durante o protesto organizado devido à tragédia do barco de migrantes que resultou na morte de 79 pessoas.

Na manifestação, em que foram exibidas faixas com as expressões: "Abram as fronteiras" e "O vosso sistema mata", responsabilizaram-se as políticas de migração da União Europeia (UE) pelo acidente.

Alegações de que o barco foi detetado várias vezes antes de se afundar, mas que não foi feita qualquer intervenção atempada, estão também na ordem do dia.

A Frontex, a unidade de segurança das fronteiras da União Europeia, anunciou que o barco foi detetado na quarta-feira de manhã e notificou imediatamente as autoridades competentes.

A Guarda Costeira grega, por seu lado, afirmou que o avião da Frontex detetou o barco ao meio-dia.

Um barco de pesca que transportava migrantes em situação ilegal virou em águas internacionais a 47 milhas náuticas de Navarin, na península grega de Mora (Peloponeso).

No acidente, 79 pessoas morreram, 104 foram resgatadas e levadas para o porto de Kalamata.

A Guarda Costeira grega anunciou que 47 dos migrantes resgatados são cidadãos sírios, 43 egípcios, 12 paquistaneses e 2 palestinianos.

De acordo com a organização não governamental Alarm Phone, havia cerca de 700 pessoas no barco.

As operações de busca e salvamento prosseguem no mar.