UE não vai prorrogar as medidas de intervenção no mercado da energia

A Comissão da União Europeia (UE) informou que serão revogadas as medidas como a redução da procura de eletricidade e a limitação das receitas das empresas produtoras de eletricidade, que foram implementadas no ano passado devido à crise energética.

A Comissão Europeia publicou o relatório que foi preparado para a revisão das intervenções de emergência, no que respeita aos preços elevados da energia, e que foi enviado ao Conselho da UE.

No relatório, é referido que as regras introduzidas no mercado da energia no ano passado, tais como a redução da procura de eletricidade, a fixação de um limite máximo para os rendimentos dos produtores de energia e a fixação dos preços de retalho da eletricidade, contribuíram para a flexibilização dos mercados europeus de energia.

O relatório refere que a oferta e os preços no mercado da eletricidade da UE sofreram alterações significativas em relação ao ano passado:

"A prorrogação das medidas de emergência não parece necessária ou aconselhável nesta altura", lê-se na declaração.

No relatório, foi referido que a Comissão Europeia não irá propor a prorrogação destas medidas de crise energética.

Recordando que os preços da electricidade já desceram para valores abaixo dos 80 euros por megawatt-hora, o relatório afirma que os aumentos de preços da electricidade observados em 2022 não deverão ocorrer no próximo inverno.

Os Estados-membros da UE aplicaram numerosas medidas e programas de apoio contra o aumento dos preços do gás natural e da eletricidade devido à guerra Rússia-Ucrânia e à crise energética do ano passado.