Oposição britânica critica Johnson por permanecer indiferente ao caso de George Floyd

Na Câmara dos Comuns teve lugar a sessão de perguntas ao primeiro-ministro.

1429466
Oposição britânica critica Johnson por permanecer indiferente ao caso de George Floyd

Na sessão de perguntas ao primeiro ministro, na Câmara dos Comuns no Reino Unido, a oposição britânica criticou o primeiro-ministro Boris Johnson por permanecer indiferente e manter-se em silêncio, sobre a morte de George Floyd, assassinado pela polícia nos Estados Unidos.

O líder do Partido Trabalhista, da oposição, Keir Starmer, disse que a morte de Floyd foi um choque: "O assassinato mostra claramente o racismo nos Estados Unidos e em outros países".

Starmer manifestou a sua surpresa pelo silêncio de Johnson sobre o caso: "Espero que Johnson, na próxima conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifeste a repulsa do Reino Unido pela resposta de Trump perante o caso".

Perante esta intervenção, Johnson disse que a morte de George Floyd é chocante e inaceitável, mas que o povo deve protestar pacificamente.

O líder do grupo do Partido Nacional no Parlamento Britânico, Ian Blackford, acusou Johnson de tentar fugir do assunto até aquela sessão do parlamento e questionou o primeiro ministro, perguntando-lhe se ele disse a Trump a expressão 'Black Lives Matter' (as vidas dos negros importam).

Perante esta pergunta, o primeiro-ministro Johnson disse que: “É claro que vidas negras são importantes. E não apenas nos Estados Unidos. Compreendo perfeitamente a raiva e a dor sentida não apenas nos Estados Unidos, mas também no resto do mundo e no nosso país”.

Johnson disse ainda que apoia o direito ao protesto, mas qie isso deve ser feito de acordo com a lei e respeitando as regras do distanciamento social.

Por outro lado, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ficou em silêncio durante um longo espaço de tempo, antes de comentar os protestos nos Estados Unidos. Trudeau, na conferência de imprensa onde falou sobre o assunto, esperou 21 segundos antes de responder à pergunta, dizendo: "Vemos com medo e surpresa o que está a acontecer nos Estados Unidos".



Notícias relacionadas