A UE pediu que qualquer negociação na Venezuela tenha o apoio do Parlamento

O bloco europeu pronunciou-se logo após o governo no poder na Venezuela ter anunciado um acordo político com um setor minoritário da oposição no seu país.

1271396
A UE pediu que qualquer negociação na Venezuela tenha o apoio do Parlamento

AA - A União Europeia (UE) pediu esta terça-feira uma solução negociada para resolver a crise na Venezuela, na qual participem os principais setores políticos do país e que tenha o apoio da Assembleia Nacional.

"Para ter sucesso e ser confiável, é importante que qualquer processo negociado tenha a necessária representação política, o apoio da Assembleia Nacional e o claro objetivo político de levar o país a eleições presidenciais credíveis" - indicou a União Europeia através de uma nota de imprensa.

O bloco europeu pronunciou-se logo após o governo no poder na Venezuela ter anunciado um acordo político com um setor minoritário da oposição no seu país.

 

Através do seu comunicado, a UE indicou apoiar um processo “inclusivo, sério e orientado a resultados”, tal como o processo gerido pela Noruega que estava a decorrer em Barbados,  mas que foi suspenso pelo governo de Nicolás Maduro no início de agosto. Também o líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, considerou na segunda-feira passada que esse processo estava esgotado.

"A União Europeia continua a acreditar que uma solução de negociação política é a única saída pacífica e sustentável para a crise na Venezuela" – indicou a UE.

Jorge Rodríguez, o ministro da Comunicação da Venezuela e líderes do partido no poder, na segunda-feira lideraram um pacto político paralelo com representantes da chamada Concertación por el Cambio (Concertação para a Mudança), uma plataforma partidária minoritária que agrupa opositores moderados.

Os líderes chavistas anunciaram o regresso da bancada do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) – o partido no poder - à Assembleia Nacional, no âmbito do pacto que incluiu a formação dos novos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a rejeição das sanções dos EUA ,a libertação de alguns presos e o reconhecimento da Assembleia Nacional Constituinte.

O pacto foi divulgado depois de Guaidó ter dito que o mecanismo de diálogo a decorrer em Barbados - mediado pelo governo norueguês - "está esgotado".

"Maduro deixou o processo de negociação com desculpas falaciosas: depois de mais de 40 dias em que eles se recusaram a continuar, confirmamos que o mecanismo de Barbados está esgotado" - afirmou Guaidó à imprensa.

O governo venezuelano anunciou a suspensão das conversações em agosto, depois dos Estados Unidos terem aplicado sanções contra à Venezuela, que receberam apoio da oposição liderada por Guaidó.



Notícias relacionadas