França: os ricos vivem 13 anos mais do que os pobres

A esperança média de vida dos 5% de franceses mais pobres é de 71,7 anos, face aos 84,4 anos dos 5% de franceses mais ricos. A diferença é de quase 13 anos.

1214728
França: os ricos vivem 13 anos mais do que os pobres

O Observatório das Desigualdades publicou o seu relatório de 2 019, e deu a conhecer que a esperança média de vida dos 5% de franceses mais pobres é quase 13 anos mais curta do que a esperança de vida dos 5% de franceses mais ricos. A informação foi divulgada esta quarta feira pelos meios de comunicação social em França.

A esperança média de vida dos 5% de franceses mais pobres é de 71,7 anos, face aos 84,4 anos dos 5% de franceses mais ricos. A diferença é de quase 13 anos.

O relatório do Observatório das Desigualdades revela um estado calamitoso de desigualdade, tanto em termos de modo de vida, como em termos de trabalho ou até de educação.

Os números revelados por este estudo são particularmente gritantes em algumas áreas, tanto que o movimento social dos coletes amarelos protesta desde novembro contra a desigualdade e para que sejam tomadas medidas para melhorar o poder de compra.

De acordo com o relatório divulgado esta quarta feira, existem pelo menos 800 mil pessoas sem casa, e destas, 643 mil estão hospedadas em casas de terceiros. 143 mil pessoas não têm qualquer sítio para morarem e pedem apoio aos serviços sociais, enquanto que 11 mil vivem na rua, de acordo com uma reportagem do jornal francês Le Figaro.

“26,1% das pessoas imigradas vivem numa habitação demasiado pequena, um número 3,7 vezes maior que os não imigrantes” – indica também a mesma fonte.

O relatório sublinha as grandes diferenças entre a população imigrante e não imigrante. A título de exemplo, a taxa de desemprego é de 16,3% para os imigrantes, enquanto que para a restante população (pessoas nascidas em França) é de apenas 8,6%.

Ainda segundo o relatório, os 5 milhões de franceses mais pobres vivem com menos de 855 euros por pessoa.

A luta contra a desigualdade continua a representar um enorme desafio para o presidente Macron, que prometeu durante a sua campanha eleitoral de 2 017, que depois do seu mandato mais nenhum cidadão viveria nas ruas.



Notícias relacionadas