Grécia envia propostas de reforma à UE
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, recebeu na quinta-feira as propostas detalhadas da Grécia, de como o país irá cumprir as condições, para receber a nova ajuda financeira, e o governo grego anunciou que irá pedir apoio do Parlamento para estes compromissos, numa votação na sexta-feira.
A aprovação parlamentar dos compromissos de reformas, que a Grécia está a oferecer aos credores europeus, permitiria ao país obter um novo empréstimo, evitar a falência do Estado e uma possível saída da zona euro.
"As novas propostas da Grécia foram recebidas pelo presidente do Eurogrupo Dijsselbloem", publicou no Twitter o seu porta-voz. "É importante para as instituições considerarem isto nas suas análises."
Acrescentou que Dijsselbloem não fará nenhum comentário sobre o conteúdo das propostas até à conclusão, pelas instituições responsáveis, de uma avaliação sobre se as medidas da Grécia oferecem uma base para as negociações de um empréstimo.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, tinha até a meia-noite de quinta-feira para entregar um plano detalhado de reformas e evitar uma turbulência ainda maior.
A Alemanha, o maior credor, deu um pequeno passo de concessão a Atenas, ao concordar que a Grécia precisará de certas reestruturações da dívida como parte de um programa de empréstimos de três anos que viabilizaria a sua economia.
A posição do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, foi revelada horas antes do prazo dado à Grécia, que precisa convencer os seus parceiros europeus a conceder mais um empréstimo.
Schaeuble, que não esconde as suas dúvidas sobre a capacidade de a Grécia permanecer na zona euro, disse durante uma conferência em Frankfurt: "A sustentabilidade da dívida não é viável sem um corte e acho que o FMI está correto ao dizer isso."
Mas acrescentou: "Não pode haver um corte porque isso violaria o sistema da União Europeia."
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