Tsipras em negociações com os líderes europeus
Depois de uma maratona negocial que se arrastou até às duas da madrugada em Bruxelas, a Grécia aceitou apresentar uma lista mais exaustiva de reformas. Os credores internacionais estão a pressionar os gregos para que cumpram as suas responsabilidades.
A reunião começou na quinta-feira à noite e foi convocada de urgência. Nela participaram o primeiro ministro grego Alexis Tsipras, a chanceler alemã Angela Merkel, o líder do Eurogrupo e ministro das finanças holandês Jeroen Dijsselbloem, o primeiro ministro da Holanda Mark Rutte, o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk, o presidente francês François Hollande, além do governador do Banco Central Europeu, o italiano Mario Draghi.
Tsipras convocou de emergência a reunião, depois do parlamento grego ter aprovado na quarta-feira, uma lei de ajuda humanitária que envolve gastos não aprovados pelos credores europeus que estão a financiar a Grécia.
Os protestos imediatos dos países credores, levaram Tsipras a convocar uma reunião de alto nível com os líderes dos países que mais dinheiro emprestaram à Grécia.
A Grécia está totalmente dependente dos empréstimos do Banco Central Europeu para obter empréstimos de emergência, essenciais para manter o governo e os bancos gregos solventes.
Depois da reunião de ontem, Angela Merkel avisou que não será dada assistência financeira adicional à Grécia, a menos que o governo ponha em prática todas as reformas acordadas no plano de assistência. A chanceler alemã disse que é preciso fazer mais reformas aprovadas pelo Eurogrupo, e que as mesmas têm que ser rapidamente postas em prática.
Antes da reunião, a líder da Alemanha já tinha dito numa conferência de impresa que não esperava uma solução para a questão grega, mas no final da reunião ambos os lados consideraram que foram feitos progressos.
Na segunda-feira, Tsipras viaja até Berlim para se encontrar novamente com Merkel.
