Equador busca um acordo comercial com os EUA

Equador e EUA reativar esta quarta-feira o Conselho de Comércio Bilateral.

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Equador busca um acordo comercial com os EUA

Equador e EUA recomeçam esta quarta-feira o Conselho Bilateral de Comércio (TIC, na sigla em inglês), um fórum com o qual Quito pretende impulsionar o relacionamento com o objetivo declarado de alcançar um acordo de "interesse mútuo" cujo nome ainda é desconhecido. 

"Eu sou um defensor da abertura comercial, como chamar o acordo (com os EUA), nós não nos importamos", resume o ministro da Produção, Comércio Exterior e Investimento do Equador, Pablo Campana, em entrevista à Efe no sede ministerial.

O presidente do Equador, Lenin Moreno procura impulsionar as exportações com seu principal parceiro comercial, que foram progressivamente reduzidas desde 2014, de 3.400 milhões de dólares para 2.532 milhões de 2017, de acordo com um ficha técnica do Ministério. 

"Nos últimos 11 anos, 40% do total das exportações foram para os EUA e temos visto uma queda nas exportações e importações de 2014 até o momento atual", reconhece Campana. 

Em porcentagens, afirma que a queda das exportações para o mercado dos EUA foi de 25%, enquanto as importações dos EUA para o Equador caíram 39%.

"E isso é devido à falta de um acordo comercial", diz ele, antes de acrescentar outras causas, como questões tarifárias, perda de competitividade. 

Campana parafraseia o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirma: "somos a favor de acordos bilaterais, justos e equitativos", com os quais tenta dissipar qualquer nuvem de dúvidas sobre o benefício compartilhado de qualquer possível acordo com os EUA. 

"Os acordos comerciais são de benefício mútuo e depois de um processo de negociação onde determinados setores sensíveis às partes e a determinados interesses são avaliados", afirma, antes de garantir ao setor produtivo e aos empresários do país que em todas as negociações a defesa sempre prevalecerá interesses nacionais. 

O objetivo é dobrar as exportações com os Estados Unidos e "definitivamente" aumentar as importações, já que 60% delas são matérias-primas e bens de capital.

Campana acredita que os últimos indicadores sobre as exportações e a projeção de que este ano será o melhor desempenho comercial não petrolífero da última década, são boas garantias para todas as negociações com países, agências e entidades internacionais. 

Um relatório divulgado esta semana pela sua Carteira do Estado, afirma que o Equador fechará 2018 com um aumento de 14% de suas exportações em relação a 2017, acima de países da região como Chile, Brasil, Peru, Colômbia, México, Paraguai e Argentina.

"Este ano vamos bater recorde nas exportações de petróleo e não-petrolífero, vamos alcançar os 21 bilhões de dólares em exportações", prevê o ministro. EFE



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