Membro da Fed pede prudência sobre aumento 'prematuro' dos juros

Um funcionário da Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, reiterou esta segunda-feira prudência em relação à data para uma primeira subida das taxas de juros, que não acha ser recomendável até ao ano que vem.

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Membro da Fed pede prudência sobre aumento 'prematuro' dos juros

"Devemos ser prudentes na eleição da data para o primeiro aumento das taxas, assim como sobre o ritmo de normalização da política monetária que o seguir", disse Charles Evans, presidente da delegação regional da Fed de Chicago, num discurso em Estocolmo, na Suécia.

"Não me sinto suficientemente confiante para começar a elevar as taxas até ao início do ano que vem", disse Evans, um dos poucos membros com voto do Comité de Política Monetária da Fed que neste momento defende uma restrição do crédito em 2016.

As taxas de juros estão próximas de zero nos Estados Unidos desde o final de 2008.

"Dado o incomodo baixo nível de inflação e as incertezas sobre o panorama económico, acho que há riscos significativos e poucos benefícios em elevar as taxas prematuramente", insistiu.

"Em termos simples, a inflação está muito baixa", ressaltou, enquanto a Fed estabelece a meta de inflação em 2%, considerado saudável para a economia.

O índice PCE, o indicador favorito da Fed, é de apenas 0,3% ao ano e de 1,3%, excluindo os preços de energia e alimentos. Evans não acha possível que haja um aumento de 2% antes de 2018.

"Também gostaria de ver um aumento mais significativo dos salários", disse o funcionário. Segundo Evans, uma economia com uma inflação de 2% deve gerar um aumento salarial de 3% a 4% anual.


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