Primeira equipe turca na Extreme Sailing

A Equipe Turx é a primeira equipe turca a participar da Extreme Sailing Series (ESS), uma competição entre os melhores velejadores do mundo em uma série de corridas.

Conhecida como a Fórmula 1 dos mares, ESS é um esporte de muita adrenalina e que exige alto desempenho. Sendo realizada no Reino Unido em seu quarto ato, a equipe da Turquia se encontra em sétimo lugar, dentre oito equipes que estão competindo, com mais dois dias de corridas pela frente.

O Marinheiro turco Edhem Dirvana - co-skipper e fundador da equipe - disse: "É um grande privilégio poder competir com os melhores velejadores do mundo no Reino Unido, o berço da navegação. O mais importante para nós é ser um dos melhores do mundo, tornar os nossos nomes conhecidos e fazer a bandeira turca voar. "

Após o primeiro dia de corridas em Cardiff, o capitão de 38 anos, disse que há três anos na península de Bozburun, na costa sudoeste da Turquia, se reuniu o grupo que viria a se tornar a Equipe Turx.

"Deixamos uma boa impressão após nossa participação no ano passado nas corridas de Istambul como a equipe que hospedou o evento. A organização viu que uma boa equipe poderia sair da Turquia", disse Dirvana, também campeão nacional de jangada.

Fundada por Dirvana, e dirigida pelo australiano que é campeão olímpico e mundial Mitch Booth, a equipe Turx também é composta pelos marinheiros turcos Selim Kakis e Can Bayulken, bem como dois marinheiros portugueses, Pedro Andrade e Diogo Cayolla.
Já planejando participar da ESS 2016, o co-skipper turco acrescentou: "Nós apenas abrimos a porta e demos o pontapé inicial. Temos potencial para sermos um dos melhores da categoria.".

Riscos e Adrenalina

No edição anterior, realizada na China, a equipe turca terminou em quinto lugar.

"Este esporte leva a arte de velejar para outra dimensão", diz Dirvana.

Todos os competidores utilizam botes do tipo Extreme 40. Dependendo das condições da água e do tempo, os botes podem chegar a ficar até há 3 metros acima da água e atingir velocidades de cerca de 60 km/h. Os botes Extreme 40 são botes leves mas muito fortes.

"Ter a capacidade de previsão e pensamento rápido é muito importante nesse esporte", diz Dirvana. "Para se alcançar velocidade, há um preço: o risco de perder o equilíbrio e facilmente perder o controle do barco que com isso pode virar, fazendo acidentes acontecerem. Por outro lado, é um esporte de diversão e adrenalina. O ranking pode mudar rapidamente. Você pode começar como o líder da equipe e terminar em último lugar".

O turco campeão da Europa, Selim Kakis salientou que esta prova Cardiff foi a competição mais difícil que já tinha passado.
"Comparando Cardiff ás competições anteriores, este lugar tem uma área mais estreita e limitada. Os barcos ficam muito próximos uns dos outros. O vento estava acima da média também, então os barcos começaram a acelerar", explicou ele. "Em um piscar de olhos, uma parte do curso termina. É uma corrida muito difícil e cansativa."

A competição no Reino Unido terminará as últimas corridas no domingo.

Nas corridas de ESS, equipes de todo o mundo começam com uma contagem regressiva de quatro minutos. Dependendo do número de barcos e as condições de vento, a direção pode mudar de forma. O vencedor da corrida ganha 10 pontos, o segundo lugar recebe nove, e assim por diante.

A série deste ano está sendo realizada em três continentes diferentes, com campos de corridas em oito países diferentes. Após a competição em Cardiff, as equipes vão competir na Alemanha, de 23 á 26 de julho, na Rússia, do dia 20 á 23 de agosto, e na Turquia, de 1 á 4 de outubro. O ESS 2015 terminará na Austrália, nos dias 10 á 13 de dezembro.

O SEE tem sido realizado em todo o mundo desde 2007 pela empresa global de eventos esportivos OC Sport.