A Biblioteca Nacional recebe mais de 6.000 visitantes no primeiro dia

AA - A Biblioteca Nacional, localizada dentro do complexo presidencial da Turquia, foi visitada por 6.000 pessoas durante o primeiro dia após sua inauguração nesta quinta-feira pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, por meio de uma cerimônia à qual seu colega Usbeque, Shavkat Mirziyoyev também compareceu.

A biblioteca está aberta 24 horas por dia, sete dias por semana, para todos os públicos de nacionalidade turca ou estrangeira. 

Os turcos podem entrar usando seu ID, enquanto os estrangeiros podem acessar a biblioteca com seus passaportes.

Os leitores podem se beneficiar do serviço de água, chá, café e massas que a biblioteca oferece.

Em geral, os visitantes ficaram impressionados com o tamanho e a decoração da biblioteca, bem como a quantidade e a qualidade das exposições.

"Espero que nossos filhos aproveitem essas obras", disse Nezaket Turan, cidadão turco, em declarações ao correspondente da Agência Anadolu.

Por sua parte, o estudante universitário Mert Uygur disse que, além de estudar, também poderia morar na biblioteca, enquanto Nevzat Yazar, que visitou a biblioteca com seus filhos, expressou seu orgulho pela oportunidade de ver um edifício tão majestoso.

O advogado Sebahattin Cetin explica que ele veio de Istambul apenas para ver a biblioteca, depois de ter visto sua inauguração na televisão. “É uma biblioteca impressionante. Já visitei bibliotecas em muitos países (mas esta é impossível descrever), você precisa vê-la ”, disse Cetin.

Um grupo de estudantes universitários chegou à biblioteca com o objetivo de se preparar para os exames de final de curso. 

Burakcan Isikdemir é um dos alunos da terceira série de Engenharia de Nanotecnologia da Universidade da União de Câmaras e Bolsas de Mercadorias da Turquia (TOBB) que escolheu a Biblioteca Nacional para estudar e se preparar para os exames.

O projeto da Biblioteca Nacional foi liderado por Erdogan e foi realizado através de intensos esforços nos quais contribuíram os principais intelectuais, bibliotecários, ONGs e grupos turcos que representam os menos favorecidos.

Decorada com motivos tradicionais seljúcidas, otomanos e modernos, o edifício foi construído em 125.000 m2 e tem capacidade para 5.000 pessoas.

Nas prateleiras, que alinhadas cobririam cerca de 201 km, existem livros publicados em 134 idiomas diferentes, quatro milhões de livros impressos e 120 milhões de artigos e relatórios, além de mais de meio milhão de livros eletrônicos.

Biblioteca infantil e juvenil

A Biblioteca Infantil Nasreddin Hodja estará disponível para visitantes de 5 a 10 anos, e aqueles de 10 a 15 anos poderão usar a Biblioteca da Juventude. 

Haverá também mini-bibliotecas separadas, focadas em multimídia, livros raros e de pesquisa.

Os visitantes terão a oportunidade de aprender sobre a história clássica turca, graças aos departamentos sobre a história de Seljuks e Anatólia.

Salão Cihannuma 

A biblioteca também possui uma sala especial chamada Cihannuma (atlas mundial). 

Existem 16 colunas na sala que representam os estados turcos que foram fundados ao longo da história.

O lounge está pronto para os visitantes com uma coleção de 200.000 livros em uma área de 3.500 m2.

Além disso, citações do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, sobre a importância da leitura e da escrita estão grafados na cúpula da sala.

Em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores, dezenas de livros de todos os países onde a Turquia tem uma missão diplomática foram levados para a biblioteca. 

Esses livros estarão disponíveis na Biblioteca Mundial, localizada dentro do Cihannuma Hall.

Embaixadores e representantes de países como Uzbequistão, Chile, China, França e Bielorrússia visitaram pessoalmente o complexo presidencial e gentilmente doaram livros que mais tarde foram adicionados ao arquivo da biblioteca.

Em particular, o presidente francês Emmanuel Macron nomeou um enviado especial e expressou que as bibliotecas nacionais turcas e francesas poderiam colaborar no campo da literatura.

A biblioteca também é projetada para ser um centro educacional ao longo da vida, onde visitantes, crianças ou adultos, podem receber cursos sobre inteligência artificial, segurança cibernética, realidade aumentada e codificação.

Entre as obras que a biblioteca abriga destaca-se um Alcorão de 65 kg que o sultão mameluco Berkuk deu ao Império Otomano por ocasião do martírio do sultão otomano Murad I, bem como um segundo Alcorão de apenas três centímetros de tamanho, que só pode ser lido através de uma lupa.