Gustavo Petro apela à "máxima responsabilidade" dos dissidentes das FARC

O Presidente colombiano Gustavo Petro apelou à "máxima responsabilidade" dos membros das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), com as quais foi alcançado um acordo de cessar-fogo.

Petro, dirigiu-se aos membros do Estado Mayor Central (EMC), também conhecido como a organização de cúpula das FARC, na sua conta das redes sociais X:

"A mesa está pronta para começar hoje o segundo processo de paz na Colômbia. Espero que os combatentes da EMC assumam a máxima responsabilidade".

Petro sublinhou a importância da paz,

"A responsabilidade faz parte da história da Colômbia e hoje é uma mensagem de coerência para o mundo. Os conflitos resolvem-se com diálogo. Para que haja vida, tem de haver paz na Colômbia. 'O nosso lema é vida e paz'", afirmou.

Na Colômbia, será assinado hoje um "cessar-fogo bilateral" entre representantes do governo e a delegação do CEM na cidade de Tibu, na região administrativa de Santander Norte do país, no âmbito das negociações de paz.

Foi comunicado que o cessar-fogo entre as partes terá início a 16 de outubro e permanecerá em vigor até 16 de janeiro de 2024.

A decisão do cessar-fogo foi tomada a 9 de outubro na cidade de Tibu, com a participação de muitos representantes de organizações não governamentais.

Com o decreto assinado pelo Presidente Petro em 11 de outubro, foram suspensas as operações militares contra o CEM.

O acordo de paz, que pôs fim a mais de 50 anos de conflito com as FARC, foi assinado pelo então Presidente colombiano Juan Manuel Santos, e pelo antigo líder das FARC Rodrigo Londono no histórico Teatro Colon, na capital Bogotá, a 24 de novembro de 2016.

Apesar do acordo de paz entre o Estado e as FARC, alguns antigos comandantes e membros das FARC que não estavam de acordo com a orgaização, continuaram as suas ações armadas.